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domingo, 3 de novembro de 2013

Padrões

Não vamos reparar no tempo, não tenho argumentos pra tanta indecisão.
Nem tempo, tenho tanto medo, de chegar bem perto.
De certo estou na contra mão.
Eu tive no padrão do tempo,
Um padrão isento de uma solução.
Não vamos reparar no rótulo, não tenho nenhum caso inóspito, desinformação.
E quem dirá que toda essa causa, não merece atenção?
E quem dirá que todo esse tempo, paradigmático estava na dissolução.
Em passos largos, regredindo em fatos.
Discutindo em atos, o que não tem discussão.
Já cansei desse formato, tão quadrado, perfurado.
Não cair em tentação, já não vale mais a pena.
A minha oração, a minha oração.
É pra que ninguém ore mais por mim.
Creia tanto assim, que o mal e o bem,
São coisas tão distintas
Tão maniqueístas.
E dentro de mim, existem tantas vidas.
Vidas desmedidas, sem padrões, confusões.
Assim, o tempo do padrão, não me é solução.

E nunca quis dizer, nada.

domingo, 21 de julho de 2013

Uma pena que não plana


Já parou pra pensar quantos lugares que nos dizem livres, que nunca fomos e nunca sequer sentiremos o aroma, não saberemos das suas curvas, das suas depressões, das suas cores, das suas histórias?
Quantas histórias não vividas sonhadas caíram na imensidão frustrante da falta de tempo, da falta de chances, da falta de tato?
Quantos filmes tristes foram motivos de choro, de um soluçar constrangedor por não entender como um filme pode lhe emocionar mais do que sua própria vida?
Já pensou em toda imensidão de coisas e pessoas que jamais conhecerá e que jamais tocará, as quais com imensa reciprocidade nunca saberão da tua existência?
Hoje eu pensei em toda essa mágoa contida, que extravasa no vazio de uma historia que não é a minha, contada num outro lugar, onde daqui, enquanto expectador, de olhos lacrimejados, insisto no sonho de protagonizar o meu próprio enredo.
Há tempos a inquietude acompanha meus passos, distorce minhas certezas, contradiz meus argumentos, e me faz ter vontade de expressar-se. Há pouco tempo que uma força estranha e desanimadora tem bloqueado até mesmo que a inquietude em mim, seja combustível para continuar, na única certeza que eu achava que tinha.
Deste modo, o mundo em que vivo, e que já se desconstruiu inúmeras vezes diante dos meus olhos, agora me parece inerte, e não corresponde ao meu pulsar, o meu pulsar não corresponde ao meu querer.
O mundo, dentre todas as possibilidades de fragmentação, me causa a sensação de permanecer em um estado de deslocamento, ou ainda de descolamento, entre o real, o concreto, e as ideias. E por permanecer neste conflito é que me pergunto, o quanto deixei de crescer por não tomar da mesma dose e do mesmo remédio que tomam os normais, que se sentem livres todos os dias.
Aqui, nesta prisão, eu nunca entendi de fato como é ser livre. O conceito de liberdade se apresenta desfocado, quase esmaecendo diante da minha compreensão vazia e tardia.
Não é poesia, é falta dela. Não é lamentação, é não ter pelo que lamentar. É a tentativa em vão de sair de si e das suas angustias, num voo ampliado em busca de entender o mundo e sua totalidade, e não entender coisa alguma, voltar-se mais uma vez para si, e sentir pena. Uma pena que não plana.

Assim vai se construindo uma reticência cíclica, uma historia confusa e estática. Muitas vezes uma historia que parece ter movimento, e que no entanto permanece sempre no mesmo lugar.

domingo, 5 de maio de 2013

Quarteirão



Ele era pequeno e o seu mundo era um quarteirão
Desenhava ruas na sua mesma rua,
Cidade era o calçadão.
Não havia prédios, só os que via na televisão.
Na sua rua havia tantas pessoas
Algumas delas quase boas
Outras tinham seus mistérios
Seu medo eram cemitérios
Pessoas mortas e a escuridão
Era criança, era infância de ilusão
Tinha amigos, só os vícios que não eram bons
Ele vivia tão sozinho, mas tinha um irmão
Seus pais não eram tão distintos
Saiam cedo pelo portão
Seu dia era de um menino só
Menino de rua na contra mão
O dia demorava a passar
E a páscoa depois do carnaval
Era o medo do que era mal.
Ele era pequeno, e o seu mundo era o seu quintal
Imaginava uma moto
E uma pedra era o teu pedal
Descalço acordava com os pássaros
E a cada dia um espaço sideral.



sábado, 13 de abril de 2013

Redução da maioridade penal, coisa de boçal.



A rede globo é tão óbvia na sua canalhice em manipular a opinião pública, que se a opinião pública tivesse um pingo de vergonha na cara, não chafurdava na própria merda.

A emissora claramente seguindo a linha de reprodução dos ideais hegemônicos burgueses, não faz qualquer questão de esconder o seu desejo de manipular a opinião da plebe, revestida do desejo internalizado de se encaixar no quadro paternalista, heteronormativo e eurocêntrico de família nuclear tradicional e conservadora, que no ápice de sua imbecilidade apoiam que a panaceia para os problemas de violência no país se concentram na redução da maioridade penal para dezesseis anos.

É natural que esta plebe idiotizada que se orgulha da ascensão social, e acreditam invariavelmente na meritocracia, e na escalada até o status de “donos do capital” como verdade absoluta e irrefutável, comunguem não só deste desejo em prol da redução da maioridade penal, como compartilhem também de ideias que defendem a pena de morte, e são os mesmos que acham que bandido bom é bandido morto, são os mesmos que acham que o Estado é Laico, mas não é ateu (sic), são os mesmos que são contra o casamento igualitário, são os mesmos que acham que o movimento social, as greves e as manifestações populares nunca vão dar em nada e não passam de baderna, são os mesmos que acham que existe uma “ditadura gay” no Brasil, são os mesmos que chamam pessoas engajadas no movimento em busca de direitos LGBTTS como Jean Wyllys, por exemplo, de “gayzistas” em referencia ao nazismo, que provavelmente desconhecem conceitualmente, são os mesmos contra as cotas raciais, que acham que não existe racismo no Brasil, são os mesmos que acham que os índios já em terras demais, que eles tem que se contentar em estarem vivos, são os mesmos que são contra o MST, e acreditam piamente que os grandes latifundiários trabalharam mesmo honestamente para acumular o tanto de terras que possuem, e encharcados de boçalidade reproduzem exatamente aquilo que a mídia e os donos do capital querem.

A rede globo em meio à discussão do projeto de lei pela redução da maioridade penal investe pesado no seu posicionamento, trazendo como argumento os casos diários de adolescentes que cometem crimes. O ultimo caso, foi o do adolescente de classe média que foi assassinado por outro adolescente na porta de casa. Veja como a rede globo é didática, primeiro ela mostra o caso, enfatizando que o assassino é um adolescente, e depois traz a discussão a respeito da redução da maioridade penal. Qualquer paquiderme entenderia o recado, e é ai que esta o problema, os paquidermes entendem o recado que a globo quer passar, e além de entender, assimilam como verdade absoluta, e passam a comungar da mesma ideia, como se não houvesse outras formas de pensar e refletir sobre o assunto. A rede globo quis dizer o seguinte: Se a lei que reduz a maioridade penal para dezesseis anos existisse, o garoto que assassinou o outro garoto de classe média, responderia criminalmente como qualquer outro adulto, e seria mais um encarcerado nas penitenciarias do país.

Só me ajudem a entender, por favor, por que eu devo ter problemas cognitivos sérios para entender a lógica. Os crimes reduziriam como? O envolvimento dos jovens nos crimes reduziria como? Os assassinatos praticados por adolescentes reduziriam como? Quando todos os jovens, filhos de pobres e negros estiverem detidos? Esta é a solução que esta em pauta? É de se perder a fé na humanidade, que de humana parece cada vez ter menos.

A falta de consciência de classe cria esta abertura abissal para estes pensamentos idiotizados que parte de uma classe média desorientada e crente que a luta de classes não existe, o que existem são as classes, e depende só do esforço individual passar de uma classe para outra.

Eu estou cansado da imbecilidade orgulhosa dessa gente, que bate no peito e defende um Brasil higienista, medieval e medíocre. 

terça-feira, 26 de março de 2013


Retratação aos vereadores

No ultimo post do Blog a respeito da ordem do dia da câmara questionei o diálogo entre os projetos e solicitações ao executivo com as reais necessidades da população, sob o julgo de não estarem numa real convergência, e sendo assim, não passarem de justificativas para manter sob tutela parte da população como curral eleitoral permanente. Num trecho do texto de modo geral me referi aos vereadores como “canalhas”, adjetivo o qual a princípio se refere não a este ou aquele, mas sim a atuação histórica de muitos que por ali passaram. No entanto, sob o direito a interpretar o texto livremente, recebi o E-mail de um vereador, que pediu retratação. E não só por isso, mas também por entender que realmente cometi um equívoco ao generalizar, e por não ter receio de corrigir o erro, reitero que o adjetivo que desqualifica os vereadores, não condiz realmente com o objetivo do Blog, que é justamente o de denunciar, cobrar e construir criticas sem perder o bom senso.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Ordem do dia na Câmara não passa de manutenção de curral eleitoral na cidade




A câmara municipal de Sarandi legisla completamente fora da realidade. A lógica é a mesma lógica instaurada pelo modelo organizacional capitalista sobre o trabalho produtivo. Os projetos e os ofícios que entram em discussão não refletem a realidade, e demonstram claramente a falta de diálogo com a população.
Existe tão somente uma necessidade de criar projetos e solicitar ao executivo uma gama de imbecilidades inúteis aumentando o arcabouço político dos candidatos na cooptação de votos e eleições posteriores, mantendo o curral eleitoral.
Aos desavisados de plantão, ao ler a ordem do dia da câmara municipal, certamente se dará por satisfeito, e entenderá que o trabalho dos vereadores esta efetivamente sendo cumprido, entretanto com um olhar mais aprofundado e questionador, notaremos um total despreparo para lidar com os cargos por parte dos vereadores. Os vereadores sob um olhar inocente estão perdidos, atirando para todos os lados, preenchendo o horário de serviço com qualquer porcaria de projeto, ou qualquer solicitação perniciosa para o executivo, no intento de mostrar trabalho.
A ordem do dia desta segunda feira dia 25, não foi diferente. A população sarandiense começa a lidar com um retrocesso de nível federal, e talvez estimulado por essa abertura, sentiram-se aqui no governo local, com o direito de legislar de acordo com suas convicções religiosas, desprezando a diversidade religiosa, e a não crença.  O ITEM IX – PROJETO DE LEI Nº 2220/2013, do edil JOSÉ ROBERTO GRAVA, Tendo como Co-Autor o edil AILTON RIBEIRO MACHADO, o qual Inclui no Calendário Oficial de Eventos do Município, o “Dia do Jovem Cristão”, deixar claro quais são as prioridades dos vereadores, e entre elas estão, proselitismo religioso, e a violação da laicidade do Estado, que não deve legislar baseado em paixão religiosa.
Por outro lado, o ITEM III – REQUERIMENTO Nº 059/2013, do edil ERASMO CARDOSO PEREIRA, Ofício ao Senhor Prefeito, solicitando que viabilize a aquisição de 02 (duas) Máquinas de Ultrassom, sendo uma para a Clinica Materno Infantil, e outra para a futura instalação do Hospital de Especialidades. Este me parece mais nitidamente deslocado da realidade da saúde de Sarandi. As denuncias de falta de médico na UPA são frequentes, e a situação em que a saúde se encontra, vai além da nossa compreensão banal sobre as políticas públicas. Os funcionários estão com medo de serem agredidos pela população que em sua essência não tem discernimento pra responsabilizar quem realmente deve ser responsabilizado, e por ventura em situações de desespero pela péssima administração incorrem no risco de cometer atrocidades irreversíveis contra os funcionários da UPA que funcionam como testas de ferro para os verdadeiros culpados.
Os canalhas que legislam no município não tem qualquer compromisso com a realidade, com a diversidade, com os verdadeiros interesses e necessidades da população. Legislam sem compromisso, desinteressados, como se estivessem fumando um cigarro e tomando um whisky tranquilamente na poltrona.


domingo, 24 de março de 2013

Paradigmas


Paradigmatizou, e nunca mais se ouviu.
E solidificou uma verdade vil.
E se cristalizou. Não se modificou.
Virou porta retrato, guardado feito guardanapo.

E se contradisse, e se posicionou.
Depois neutralizou
Tomou partido, pelo status quo.

Como eu poderia cobrar de você?
Algo que eu não poderia lhe dar, sem saber.
Como eu poderia julgar, sem te ver?
E me ponho no mesmo lugar, pra dizer.
Que eu to do teu lado
Caminhando braço a braço

Mas não tente me convencer
Dessa crença e desse viver
Desse seu cadeado, desse seco orvalho.
Desse Deus condenado, desse bicho acuado.

Cada homem crescido já sabe
Que o omisso já tomou partido
E que o neutro tá contra você
Não me lance argumento sem base
Para não colidir sem doer

Se não há colisão não há vida
Senão a discussão é perdida
A contradição é sanguínea
E corre na veia a sofrer

Perambulando nos homens
A conformação escondida
Em cada frase sem nome
De uma igreja tolhida

Paradigmatizou, e nunca mais se ouviu.
E solidificou uma verdade vil.
E se cristalizou. Não se modificou.
E nunca duvidou daquilo que não viu.

segunda-feira, 4 de março de 2013

CÂMARA DE VEREADORES DE SARANDI ABOMINA E SUGERE PUNIÇÃO A LIBERDADE DE EXPRESSÃO





Na ultima sessão da câmara de vereadores a preocupação era a de desmentir e desqualificar a carta escrita pelos padres e distribuída via jornal impresso para os fiéis da igreja católica de Sarandi em algumas paróquias. Para tanto c e Aílton Machado não mediram esforços ao vociferarem contra a carta, contra os argumentos dos padres, e contra qualquer questionamento que parta da população. Demonstrando-se assim, claramente opostos a manifestação da opinião popular, institucional ou até mesmo da imprensa, que ouse contradizer, cobrar, ou apontar erros na atual administração e na própria condução da câmara de vereadores de Sarandi.

A câmara de vereadores se manteve em silêncio, corroborando com a mazela política até ontem, se esquivando de todas as formas de responder o que o grupo popular questionava a respeito do atual panorama político, das denuncias contra o Carlos de Paula (PDT), e contra o secretário da Educação professor Manoel. Somente depois de terem suas condutas vis, expostas por uma instituição com credibilidade perante a população, e de certa forma atingindo uma grande parte dos moradores de Sarandi, foi que os excelentíssimos vereadores se propuseram a disparar impropérios em defesa de causa própria.

Os maiores impropérios partiram do presidente da câmara Rafael Pszybylski e do vereador Aílton Machado, ecoando sobre o silêncio vazio e obscuro dos outros vereadores, e dos presentes na câmara.

Com repugnância nauseante disparou Rafael Pszybylski nunca ter ouvido falar em afastamento pelos motivos alegados pela justiça que investiga o caso de Carlos de Paula, e prometeu nos próximos dias apresentar uma cópia do artigo em que Carlos de Paula esta sendo enquadrado, para que a população também possa compartilhar de seu ponto de vista camarada e companheiro em respeito ao desvio de verba e o uso da maquina publica em benefícios próprios, denuncias as quais o prefeito afastado, nega veementemente envolvimento. Segundo o presidente da Câmara Rafael Pszybylski o afastamento de Carlos Alberto de Paula é incompreensível, disse também que os vereadores não podem ser cobrados no sentido de tomarem um posicionamento, ou investigarem o caso, justificando a ação do GAECO, que tomou o caso para si, e por estar em segredo de justiça, que leva os vereadores a não saberem como proceder.

Rafael alegou que os vereadores e a imprensa não estão sendo omissos como diz a carta escrita pelos padres. Como não estão sendo omissos? E que história é essa que nós não temos o que cobrar? Temos sim o que cobrar. A carta escrita pelos padres foi direta ao mencionar a aprovação de diárias para viagens enquanto o dinheiro da educação foi desviado, enquanto a cidade amarga em problemas estruturais, de saneamento básico, enquanto alunos estão sem uniformes. Rafael foi de um totalitarismo imenso ao declarar que não é o povo, não são os padres, não é a imprensa quem deve dizer o que deve ou não ser aprovado, mencionando que isso diz respeito ao tribunal de contas que fiscaliza a câmara. Declarou ainda serem totalmente legais as diárias para viagens, bem como as diárias para deputados, e citou vários outros cargos como desembargadores, a fim de defender o indefensável. Não se trata de legalidade, se trata de respeito, se trata de ética, se trata de coerência. Como podem ser aprovadas diárias na situação política em que se encontra o município de Sarandi? O questionamento é legitimo.

Aílton Machado vociferou munido de seu microfone contra liberdade de expressão, um direito constitucional. Sugeriu que a câmara deve se posicionar punindo no que for cabível quem ousar se manifestar contra o prefeito e a autoridade dos nobres vereadores. Disparates foram exclamados em tom de ditadura, clamando pela opressão da liberdade de expressão, chegando a pedir indiretamente aos vereadores a possível punição, por exemplo, dos padres por terem escrito a referida carta. Entre discursos demagogos em tom eleitoreiro e devaneios egocêntricos destacou que não é por ser uma pessoa pública que as pessoas podem falar o que quiserem dele, e disse ainda que é uma autoridade e que tem que ser respeitado por isso. Mal sabe ele a diferença entre autoridade e autoritarismo.

Depois de presenciar mais uma sessão cheirando ao azedume do cinismo, cheio de ataques à liberdade de expressão, cheio de defesas ao orgulho ferido dos vereadores em detrimento das cobranças da carta dos padres, percebo cada vez mais nitidamente o tamanho do buraco negro em que os cidadãos sarandienses mergulharam de cabeça.

Como fez diferença a ausência de eleitores votando nas ultimas eleições. Vereadores foram eleitos com menos de mil votos, numa cidade com grande quantidade de eleitores. Qual a representatividade desses vereadores na câmara municipal? Quando penso que o jogo político azedo e covarde desse grupo político que cavalga nas costas dos sarandienses conseguiu sorrateiramente derrubar o vereador mais votado, e único que hoje faria real oposição, não se sujeitando a votos combinados previamente como vem acontecendo frequentemente na câmara, tenho vontade de estapear a cara de cada cidadão, para acorda-los desse transi, desse sono que impede qualquer movimento, qualquer reação, qualquer esboço de indignação.



quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Descaso com o PETI pode justificar os índices de violência entre os jovens de Sarandi.


As políticas publicas de modo geral são estratégias para o amortecimento das desigualdades sociais buscando amenizar a condição de indignação da população diante das condições impostas pelas lutas de classes. Nesse viés, as políticas sociais negligenciadas podem produzir na sociedade consequências brutais, que sem força motriz para uma revolta organizada e com objetivos definidos, ganham outras definições bem mais assustadoras, enquanto produção de uma parcela da população privada de dignidade humana, e completamente sem referencias dos valores comuns entre os homens. Negligenciar, portanto os programas sociais, cabíveis dentro do modelo social vigente, pode ser o estopim para a reprodução da violência entre os jovens dentro da sociedade.

O município de Sarandi apresenta um índice alarmante de violência por conta de tráfico de drogas noticiados diariamente nas mídias locais. A morte entre os jovens de forma violenta por envolvimento com o tráfico fica cada dia mais rotineiro. Adolescentes iniciam cedo uma ficha criminal, e vão traçando caminhos nem sempre de sucesso como insiste em pregar o modelo de bem estar capitalista ao relacionar o sucesso com o poder de consumo e poder econômico financeiro. Os jovens de nossa cidade estão envolvidos nessa rede perversa dos interesses burgueses, e o que nós sabemos é que as condições de dignidade humana têm intima relação com a produção da violência e da marginalidade entre os jovens. O que caracteriza essa dignidade humana supracitada perpassa pela quebra da estrutura familiar, estrutura econômica financeira, que consequentemente desemboca em outras quebras, como estrutura psicológica e estrutura educacional.

Entre as políticas sociais do município temos o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) que foi implantado no município de Sarandi no ano de 2001. Em 2002 iniciou suas atividades de forma descentralizada, funcionava em localidades diferenciadas, utilizando para isso salas de aula de escolas municipais e o PROMEC. No ano de 2004 verificou-se a necessidade de um único local para o atendimento das crianças e adolescentes incluídas no programa, instalando-se então, no prédio onde funcionava o Centro Profissionalizante Luiz Zanchim. O PETI tem como objetivo atender à crianças e adolescentes em sistema de jornada ampliada no período em que não estão na escola. Sua equipe técnica é formada por coordenador, pedagogo, assistente social, psicóloga e educadores. Esta equipe desenvolve com os educandos atividades físicas, culturais e intelectuais. Esses educadores têm como premissa a socialização e formação para cidadania.

Essa descrição acima consta no perfil nas redes sociais sobre o PETI. O que na verdade não passa de uma idealização do que deveria ser, e não do que realmente é. O panorama atual conta com o diretor e cozinheiras, pelo menos nos primeiros meses de 2013.  Já há alguns anos que o PETI vem sofrendo com o descaso do poder público, seja por desinteresse, ou por falta de tato com o programa que recebe repasses do Governo Federal. Em vários momentos de sua existência sofreu por falta de profissionais, entre eles, pedagogos, assistente social e psicólogo. O programa também se manteve várias vezes na conta de estagiários sem orientação de profissionais da área.

O PETI na verdade sobrevive capengando, recebendo a conta gotas a verba que seria para conter o avanço da violência entre os jovens, que no PETI poderiam ser protegidos dos possíveis riscos sociais iminentes as condições já ressaltadas neste texto. Hoje o PETI divide espaço com uma espécie de central de atendimentos que seria viabilizado pela secretaria de assistência social do município. Ou seja, algumas famílias recebem a bolsa PETI, outras não, pois estariam cadastradas não no PETI, mas sim nesta outra forma de atendimento. No entanto, se todas as famílias cadastradas se englobassem no PETI, todos teriam o direito a bolsa. Poucas crianças estão frequentando nestes primeiros meses do ano, e a falta de profissionais é um dos principais motivos.

Se o programa existe, e se os repasses estão sendo feitos pelo governo federal, o que falta realmente é uma administração competente, que torne o programa viável. Se existir um contingente de funcionários disponível para trabalhar em prol do programa, com assistência social, visitando as famílias, e tornando a rede de proteção a dignidade humana algo efetivo, em comunicação com as outras instituições, percebendo que estas mesmas famílias se encontram em vários programas. Se existir psicólogo para auxiliar nesse resgate da dignidade, pedagogos e educadores, o programa poderá reverter em pessoas dignas, aquelas que em potencial seriam marginalizadas pelo sistema, e terminariam muitas vezes envolvidas com o crime.
Segundo o site do MDS, foram repassados 12 mil reais no mês de dezembro para o programa, este dinheiro como bem sabemos não chega diretamente para o PETI, é repassado pelo governo local, o que não sabemos ao certo, é se este valor esta sendo repassado integralmente ao programa. Sabemos que 12 mil reais não é muito, entretanto se for todo empregado em prol do programa, e se com sensibilidade o governo local atentar-se e comover-se empenhando-se, decididamente o programa não estaria tão fragilizado como se encontra atualmente.

Existem informações que em meados de abril uma verba será destinada a reforma do prédio que abriga o programa. Outras informações são de que professores terceirizados irão atuar no programa, além de psicólogo e assistente social do município. A terceirização de qualquer função pública, ainda mais quando se trata de educação e risco social parece uma maneira de resolver o problema sem planejamento, de modo paliativo. E isso pode ter consequências desagradáveis, pois desresponsabiliza o poder público em partes. Não podemos discutir esta questão pontual descolada da realidade da educação de Sarandi, com falta de professores, e professores mal pagos. O PETI não pode ser uma estrutura a parte, deve caminhar paralelamente com as outras estruturas fundantes do ser social.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Diárias aprovadas, discursos demagogos e a inércia do movimento popular.

Foto - Hilário Gomes



Mais uma vez, enquanto muitos estavam preocupados com seus problemas particulares, totalmente alheios, voltando do trabalho, vendo televisão, preparando o jantar, buscando o filho na escola, se preparando para a aula na escola ou na faculdade, enfim, todos aqueles afazeres diários, comuns à vida de qualquer pessoa, na Câmara Municipal de Sarandi uma série de atrocidades estavam se concretizando sob o aval dessa inércia do movimento popular. Muitos se indignam em suas casas, muitos se perguntam o que podem fazer. Muitos até pensam em fazer, mas definitivamente, nada fazem. E assim torna-se extremamente confortável aos vereadores eleitos aprovarem o que bem entendem, mesmo que isso seja totalmente contra os interesses reais da população. População essa que nem se quer sabe o que esta acontecendo, nem se quer se preocupa em saber o que é de seu interesse ou não.

Hoje na câmara dos vereadores de Sarandi foi aprovado o projeto que concede diárias aos secretários, vice-prefeito, procurador jurídico e chefe de gabinete, e quem afinal de contas sabe o que isso significa? O que nós sabemos é que uma fatia do dinheiro público vai servir para pagar a estadia de secretários em possíveis viagens. Como você eleitor vai saber qual o objetivo e qual a importância de um secretário utilizar-se dessa diária para pagar suas viagens?

Eu sei que parece não ser da nossa conta, no entanto se pensarmos bem, esta conta quem esta pagando é você. Eis a questão então, você concorda de fato em pagar para que secretários possam viajar sem que você saiba qual o motivo desta viagem?

Inicialmente foi dito aos presentes que o projeto havia sido tirado de pauta para ser melhor analisado, o que configurou claramente uma estratégia para dispersar os presentes, no entanto prosseguindo a sessão o projeto retornou a pauta como num passe de mágica. No fim das contas, o projeto de concessão de diárias foi aprovado mesmo sob protestos dos poucos presentes na câmara municipal, o único que votou contra foi o vereador Nelson Lima que vem se posicionando como bode expiatório dessa trama repulsiva que vem sendo tecida pelo grupo político dominante da cidade. Até agora essa trama vem minando as possibilidades reais de articulação da população. O fato de o Vereador Nelson Lima ter pedido a CPI para investigação do prefeito afastado sob suspeita de fraude em licitação da educação sem discutir e pedir apoio da população não passou de uma estratégia para acabar com as possibilidades de haver realmente a CPI, pois agora a não ser que haja um fato novo, uma CPI proposta pelo povo não será aceita pela câmara, visto que já votaram contra uma vez.
Seguindo esta lógica, hoje mais uma vez Nelson Lima votou contra as diárias, no entanto, tudo isso não passa de uma conveniente ação para desarticular o movimento contrário. Os votos para este tipo de projeto já chegam para discussão claramente combinados, para que a decisão final seja em prol dos interesses deles e contra a população. Ocasionalmente os vereadores Nildão, Nito e Rafael faltaram a sessão, o que seria muito conveniente.

Os vereadores também aprovaram um projeto que veta os exames que detectam anemia nos alunos das escolas municipais de Sarandi. Ou seja, eles votaram contra a saúde das crianças que estudam nas escolas municipais de Sarandi, sem motivo algum, sem qualquer justificativa plausível. Isso é simplesmente inaceitável!

O vereador Erasmo do PCdoB que de oposição não tem absolutamente nada, apresentou uma solicitação fajuta para que se peça a ALL a diminuição da buzina do trem que cruza a cidade. Ora, que diabos de discussão imbecil é essa? Percebem a contradição? Assuntos realmente relevantes são tratados com descaso, são aprovados rapidamente, sem discussão e sem justificativas, enquanto uma solicitação de diminuição das buzinas de trem merece uma fala de justificativas do vereador Erasmo. Quanta patifaria! Só me resta sentir náuseas.

Não contente, o vereador Aílton resolveu fazer também um discurso completamente demagógico, quase como alguém que pleiteia se eleger, no caso dele já eleito, deve ser uma mistura de vaidade com o desejo de manipular a opinião popular a seu favor. Rasgou seda para o projeto do Nelson Lima sobre o PROERD, como se realmente fosse uma preocupação dele, disse mil asneiras, e no fim das contas, incomodado com a manifestação dos presentes na câmara de vereadores iniciou a vitimização, acusando os presentes de não terem educação, de não terem bom senso, e de não os deixarem falar. Pergunto-lhes, onde afinal de contas esta faltando bom senso? A população é quem não tem voz alguma na câmara de vereadores, são eles que falam asneiras sem dar atenção alguma aos reclames da população. São eles que solicitam diminuição de buzina de trem, e nós que não temos bom senso? São eles que vetam exames para alunos das escolas de Sarandi e nós que não temos bom senso? São eles que concedem diárias para viagens irrelevantes de secretários e nós que não temos bom senso? Afinal de contas, qual o conceito de bom senso desse vereador Aílton Machado?

Eu vou dizer o que é bom senso minha gente. Bom senso é parar de ficar depositando no outro uma responsabilidade que é nossa. É sair de casa para ir à câmara de vereadores olhar na cara de cada um, e exigir que eles façam o que a população quer, e não o que eles bem entendem. É parar de se indignar de casa, e meia hora depois esquecer o que esta acontecendo na tua cidade. Bom senso é compartilhar essas informações, e todas as informações sobre o que estão votando e aprovando no município. Mas não basta ver na rede, não basta curtir na rede, não basta compartilhar na rede, é preciso se posicionar de verdade, é preciso lotar aquela casa de leis profanada a cada sessão. Bom senso mesmo é sair da inércia.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

De Paula sobre o percentual de votos, não passa de um Renan Calheiros



Em resposta aos falaciosos argumentos dos decrépitos e perniciosos defensores da gestão do Prefeito afastado Carlos de Paula, que em devaneios demonstram o caráter duvidoso que os regem alegando o percentual de votos que o elegeu, como argumento significativo para que o cidadão descontente se cale, se emudeça diante de quaisquer que sejam os fatos famigerados que envolvam essa trama política que perpassa por ações subitamente criminosas. Sinto-me na obrigação de ressaltar que se eleição popular fosse garantia de honestidade não teríamos Renan Calheiros no Senado eleito com 840.809 votos, e hoje presidente do Senado.

O que eu quero dizer com isso, é que o fato de o prefeito eleito ter tido uma quantidade considerável de votos, não deve ser justificativa suficiente para que nos tranquilizemos com relação às acusações sérias contra ele, como se ele tivesse garantida sua idoneidade. Se ele conseguiu por meio de estratégias políticas deprimentes, como usar a máquina pública em apoio de sua campanha eleitoral, e estabelecendo centenas de alianças e coligações políticas, chegar ao cargo de prefeito com a grande maioria de votos, devemos muito pelo contrário, manter-nos desconfiados, ressabiados, questionadores, inquietos, e vigilantes.

Esse fenômeno que faz com que grandes corruptos sejam eleitos, muitas vezes até com grande quantidade de votos ainda parece uma incógnita. Poderíamos levar em consideração uma alteração nas urnas, a compra de votos, manipulação de lideranças populares, enfim, uma centena de fatores que levassem a essa estapafúrdia alucinação popular. No entanto, existe um conjunto de fatores que coadunam para que este fenômeno se concretize, que parte da construção ideológica de um imaginário popular sobre política que se paute nas ideias da classe dominante. Dentre estas ideias, temos, por exemplo, a de que todos os políticos são iguais, e de que a corrupção já é algo quase que natural da política, e qualquer honestidade exigida, seria por parte do exigente a mais pura hipocrisia.

Essa concepção deve ser erradicada da face da terra com um belo e bruto chute no traseiro. Não precisamos ficar a mercê de um pensamento pré-histórico, inundado de ignorância e de analfabetismo político. Chega de deixar nas mãos da massa idiotizada a possibilidade de ser manipulada e ainda ter a pachorra de nos apontar como recalcados da política covarde e traiçoeira imposta pela corrupção advinda desse mau caráter burguês por causa de percentuais de votos.

Na verdade temos diversos exemplos de que ser eleito independentemente de quantidade de votos não garante honestidade, e não é justificativa para que a população permaneça estática, com o discurso do “rouba, mas faz”. Segundo uma matéria do Jornal Gazeta do Povo, o Paraná é o segundo estado brasileiro que mais teve prefeitos cassados por compra de votos ou uso eleitoral da máquina administrativa, entre o fim de 2008 a março deste ano, apontou um levantamento feito pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). No mesmo jornal outra matéria aponta que no Paraná existem 17 prefeitos eleitos com mandato ameaçado. Casos mais graves ocorrem em Colombo, Cambira, Bituruna e Joaquim Távora, onde candidato mais votado não tomará posse em janeiro. Veja abaixo uma tabela listando todos os prefeitos com mandatos ameaçados:



Desde 2008, o Paraná teve dez eleições suplementares. Relembre quais são e quais os prefeitos cassados:

Em 2009

Londrina - Antonio Belinati (PP)

Cândido de Abreu - Richard Golba (DEM)

Em 2010

Ângulo - Erivaldo Lourenço da Silva (PMDB),

Doutor Ulysses - Pedro Julio (PMDB

Enéas Marques - Valmor Vanderlinde (PP),

Tuneiras do Oeste - Walter Luiz Ligero (PMDB)

Em 2011

Itaperuçu - José de Castro França (PDMB)

Bituruna - Remi Ranssolin (PTB)

Kaloré - Adinan Canelo (PMDB)


Em 2012

Espigão Alto do Iguaçu - Osstap Andreiv (PSDB)

Desse modo, diante de todo o exposto neste texto, não há argumentos imbecilizados que possam ser justificáveis no convencimento da população em silenciar-se diante de percentuais de votação. Os 31.079 votos do Prefeito afastado Carlos Alberto de Paula não são justificativas para aguardarmos calados, o andamento das investigações do GAECO, muito menos para pedir sua volta. Como já mencionei no primeiro parágrafo deste texto, se eleição popular fosse garantia de honestidade Renan Calheiros hoje não seria presidente do Senado, mesmo depois do escândalo envolvendo seu nome. Renangate é o apelido dado ao escândalo de corrupção envolvendo o senador alagoano Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de receber ajuda financeira de lobistas ligados a construtoras, que teriam pago despesas pessoais, como o aluguel de um apartamento e a pensão alimentícia de uma filha do senador com a jornalista mineira Mônica Veloso, e mesmo assim ele foi eleito Senador com 840.809 votos em 2010.

O que devemos diante de possibilidades de irregularidades, é sermos enérgicos e radicais, e tratarmos com intolerância a corrupção. Se todos os políticos são iguais, vamos torná-los aquilo que eles devem ser, com nossas atitudes, nossas cobranças, nossos gritos estridentes na frente da prefeitura, na câmara municipal, ou em qualquer lugar que seja. Vamos nos fazer efetivamente presentes, até que eles mudem suas posturas. Nada pode justificar o silêncio e o conformismo diante da atual situação do prefeito afastado de Sarandi e de todo o seu grupo político que está envolvido em denuncias realmente sérias. Não devemos nos submeter mais uma vez a substituição do prefeito pelo seu vice como um “deja vu da corrupção”, em menção ao antigo episódio do Milton Martini. Por isso queremos Novas Eleições Já!



Links:



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Página da Câmara Municipal de Sarandi na Internet desatualizada.


Página da Câmara Municipal de Sarandi na Internet desatualizada.



A página da Câmara Municipal de Sarandi reflete a não transparência e a forma obscura como vem sendo tratados os assuntos de interesses da comunidade. Não é novidade que os vereadores de Sarandi não fazem qualquer oposição ao governo local, e agem com cumplicidade apadrinhando projetos de interesses escusos do poder executivo, e até mesmo em prol dos próprios interesses dos vereadores. O mais recente Projeto de Lei por exemplo, é o que concede diárias aos funcionários do executivo, secretários, cargos de confiança, enfim, claramente um absurdo diante do panorama atual que se desenha no município pintado por desvios de verbas e uso da maquina pública em benefícios próprios.

Também não é novidade que os projetos apresentados na câmara de vereadores não passam de projetos que autorizam que o poder executivo cumpra nada mais, nada menos que aquilo que faz parte de suas obrigações, o que leva a entender que tais projetos não passam de uma maneira de angariar a confiança de alguns pontos da cidade garantindo a elegibilidade para os próximos mandatos. Se levarmos em consideração que não são preciso muitos votos para se eleger vereador em Sarandi, aprovar projetos que beneficiem algumas quantias de eleitores em potencial podem garantir tais interesses. Sem contar os votos claramente comprados.

Diante de tudo isso, aqueles que querem realmente fiscalizar o trabalho dos nossos representantes, que honestamente, não são nenhum pouco de confiança, encontram-se com dificuldades num primeiro momento de participar das sessões da câmara, por conta do horário não ser compatível com os horários de quem trabalha. Segundo por que sair do trabalho para ver a patacoada que acontece naquele antro de ações cretinas e enjoativas não é para qualquer estômago. Perder tempo para ver sessões cretinas que demoram cerca de 10 minutos, onde projetos são aprovados mecanicamente sem qualquer discussão, e onde a oração inicial admite a paixão religiosa que não poderia ser expressa num ambiente onde a laicidade deve prevalecer durar mais tempo que a própria sessão, é no mínimo nauseante e repugnante.

A canalhice perde os limites, o que força o cidadão preocupado com as questões políticas da cidade a procurar se manter atualizado através da internet, já que estamos no século 21, e existe esta possibilidade de acesso. Contudo o que encontramos na internet é uma pagina desatualizada, com projetos desatualizados, onde nada funciona. Não existe uma relação contendo todos os projetos em andamento na câmara, nem os aprovados, nem os que serão discutidos, não existe um cronograma com relação aos projetos em vias de discussão, não existe absolutamente nada. É um extremo vazio de sentido e de transparência. Existem os atalhos que não te levam a lugar algum, e isso me leva a fazer uma analogia com os próprios vereadores, que não passam de atalhos, e que televam sabe onde? Nada diferente de onde leva aquele pernóstico site/portal/página da câmara de vereadores.

Precisamos urgentemente de novos horários de sessão, e de transparência e atualização efetiva na página, precisamos cobrar isso, por que é um direito nosso. Não dá mais pra ser cúmplice dos ratos que invadiram a casa de leis. Não dá mais para abençoar de casa a política corrupta instalada feito vírus nesta cidade.




Ato Contra as DIARIAS na Câmara de Sarandi



Em resposta ao panorama atual da política sarandiense um ato na câmara Municipal acontecerá no dia 25 de fevereiro as 17:30 horas, contra a concessão de diárias aos Secretários Municipais, Vice-prefeito, Procurador Jurídico e Chefe de Gabinete.

Sabendo de todas as denuncias que envolvem este grupo político instalado no poder executivo amparado pelo poder legislativo conivente com suas ações, não podemos conceber que enquanto recursos públicos são desviados em licitações fraudadas, como o caso do desfalque na Educação, que desencadeou pedido de prisão do prefeito Carlos de Paula, e do Secretário de educação Prof. Manoel sob investigações do GAECO, a população amargue a miséria que brota nos serviços públicos.

Na Educação não temos contingente suficiente de professores, um dos fatores é o miserável salário que vem sendo oferecido a classe pelo governo local, com reajuste vergonhoso. A estrutura das escolas, a falta de uniformes e de materiais registrada pela mídia recentemente. Qual será a qualidade de um ensino com professores recebendo 700 reais de salário?

Na Saúde as filas crescem na UPA que é um investimento do Governo Federal, e deveria ser mantido pelo Governo Municipal, que não vem cumprindo seu papel. Os postos de saúde estão sendo pintados, ganhando uma nova aparência, no entanto, qual a condição real? Existem médicos e consultas suficientes para a demanda? Não somos atendidos pelo prédio, e sim por médicos. Faltam recursos humanos!

Também esta em pauta uma equiparação de salários de CC’s, que na realidade significa o aumento de salário, visto que apesar do percentual ser menor ao que foi dado aos servidores de carreira, precisa ser analisado os valores já recebidos por CHEFE DE GABINETES e SUPERINTENDENTE. Cargos Comissionados muitas vezes tem funções exercidas por alguém sem formação superior ou que não precisa comprovar capacitação. Por isso os cargos de confiança defendem com tanta truculência a atual administração, e por isso organizam atos em prol da volta do prefeito afastado, por saberem que estas em jogo vantagens financeiras, pagas com o dinheiro do contribuinte.

Muitas são as reclamações pela falta da água, e nos últimos dias as reclamações passaram a ser os preços exorbitantes desta conta, que pelo que me recordo foi deixada de ser paga justamente pelo próprio prefeito afastado Carlos de Paula, como anunciado pela mídia local, e até mesmo Nacional. Existem contas que passam os 200 reais, o que para um professor que ganha 700 reais, seria inviável.

E por fim, o maior martírio de Sarandi, o asfalto. Asfalto que pareceu às vésperas das eleições de 2012 para prefeito, ter entrado nos eixos, com as providências tomadas pela administração atual, no entanto, não passou de uma obra eleitoreira como todas as que correm na boca da população, a fim de angariar o voto dos desavisados e já envergonhados com tanta desvalorização desta cidade.

Por isso e por todos os desmandos ainda não descobertos, mas já denunciados as instituições competentes com relação às ações ilícitas da atual administração e da conivência dos atuais vereadores, somos obrigados a nos posicionar efetivamente, comparecendo a Câmara Municipal na segunda votação da concessão das diárias, dando uma resposta firme, como ato de cidadania ativa dentro desta cidade, para que os atuais políticos não se sintam confortáveis em manter atos que desabonem a conduta de honestidade e transparência que devem ser inerentes aos cargos políticos.



Link do Evento no Facebook: https://www.facebook.com/reqs.php#!/events/343456465754925/

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Vereador Nelson Lima vota contra, mas projetos infames são aprovados na Câmara de Vereadores. Contra o Aumento para CC’s! Contra as DIÁRIAS indecentes!

Vereador Nelson Lima vota contra, mas projetos infames são aprovados na Câmara de Vereadores. Contra o Aumento para CC’s! Contra as DIÁRIAS indecentes! COMPARTILHE!

O vereador Nelson Lima vem nos últimos dias sendo o único a se posicionar criticamente frente aos projetos de leis que subestimam a inteligência da sociedade sarandiense. Segundo ele mesmo em sua página pessoal do Facebook:

“VOTEI CONTRA ao projeto que diz respeito a equiparação de salários de CC, que no meu entender deixa de ser equiparação e sim aumento, visto que apesar do percentual ser menor ao que foi dado aos servidores de carreira, precisa ser analisado os valores já percebidos por CHEFE DE GABINETES e SUPERINTENDENTE. Cargos Comissionados que pode ser exercido por alguém que não exigem formação superior ou que não precisa comprovar capacitação.”

E “VOTEI CONTRA a implantação de DIÁRIAS para CHEFE DE GABINETE, DIRETOR GERAL E DEMAIS SERVIDORES EFETIVOS E COMISSIONADOS, por entender que já existem as pessoas certas para fazer a ponte com os poderes: Estadual, Federal e outras atividades externas ao município para fazer frente as políticas públicas para Sarandi”

Nelson Lima não esta fazendo mais do que sua obrigação enquanto representante direto do povo sarandiense. Os projetos devem ser discutidos, debatidos, e depois de uma longa analise, serem aprovados ou não. No entanto o que vem acontecendo na câmara dos vereadores de Sarandi é uma ação mecanizada de aprovação de projetos que servem somente em favorecimento dos interesses do poder executivo, ou servem de campanha eleitoral para as próximas eleições. Projetos de determinam ou autorizam ações que não passam de obrigação do poder executivo devem ser veementemente proibidos, pois estes serão utilizados mais tarde, como parte de campanha eleitoral.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Contra o Ato pró De Paula

Participar de Ato público pró de Paula é ser CÚMPLICE dos desvios de verba da educação, da truculência de Cargos de confiança, do uso da máquina publica para benefícios próprios! Contra o Ato pró De Paula,COMPARTILHE!  


A radio Banda UM AM Sarandi noticiou hoje dia 18 de fevereiro que os cargos de confiança do prefeito afastado Carlos de Paula estão organizando um ato pró de Paula. Neste momento não é hora de defender os interesses particulares do prefeito afastado, muito menos o orgulho ferido de ter elegido uma administração corrupta para governar Sarandi. Pelo contrário, é hora de questionarmos a atual administração sobre as várias denuncias que rondam o atual prefeito afastado, e que envolvem sem sombras de dúvidas todo o seu grupo político. Não devemos consentir essas atrocidades contra o bem público. Quem se manifesta a favor da continuidade dessa administração, é cúmplice dessa corrupção, e defende as irregularidades cometidas, como:
·         Suposto desvio de verbas públicas, o prefeito Carlos de Paula (PDT) também teve sua prisão preventiva decretada.
·         Denúncia no jornal O Repórter Regional de um servidor que procurou o Ministério público e disse que o prefeito Carlos de Paula (PDT) o usava para seus serviços particulares, inclusive o carro da prefeitura.
    • A UPA não tem médicos suficientes, falta pessoal e remédios;
    • Na educação faltam vagas nas escolas e creches. Também faltam educadores e cuidadores, pois muitos estão indo trabalhar em Maringá ou em outros lugares devido o baixo salário pago pela prefeitura de Sarandi
    • Os bairros estão abandonados: matagal, barro, lama e buracos. Onde o prefeito Carlos de Paula asfaltou ou recapeou a enxurrada está levando o serviço mal feito;
    • O consumo de drogas cresceu assustadoramente, por causa da violência nos bairros muita gente está vendendo os seus imóveis e indo embora de Sarandi. Jovens são mortos constantemente por falta de políticas públicas que os deem dignidade e oportunidades de trabalho e profissionalização;
    • Os 10 vereadores eleitos com ajuda do prefeito Carlos de Paula (PDT), ao invés de se manifestarem diante da situação caótica de Sarandi, preferem se calar. O salário deles, que não é pouco, está caindo em suas contas normalmente, aí eles preferem ficar omissos;
    • O prefeito Carlos de Paula (PDT), além estar respondendo a quatro processos criminais no tribunal de justiça e mais esse do GAECO, responde a outros processos por improbidade e por muitas denúncias, tais como: contratação do hospital falido em Santa Fé, cujo dono era o diretor administrativo da saúde de Sarandi, superfaturamento de pãezinhos, panetones e merenda escolar etc.;
    • Irregularidades na construção da Upa, por ocasião da construção, denúncia foi feita no Gaeco
    • Irregularidades no repasse de casas populares (conjunto Mauá) denúncia feita no Gaeco
    • O prefeito deixou de pagar 16 meses de água e sua água não foi cortada. Atualmente está sendo cortada água do trabalhador e as contas subiram assustadoramente, além disso, falta água nas torneiras;
    • O IPTU subiu e com ele a taxa e a coleta de lixo que serve para enriquecer o dono do aterro sanitário e outros. Você também paga caro pela taxa de iluminação pública.
    • O prefeito afastado responde vários processos nas esferas na
      Comarca de Sarandi, Tribunal de Justiça (TJ) Tribunal Regional Eleitoral (TER) e Tribunal Superior Eleitoral(TSE)
Para valer o seu direito de cidadão e cidadã. Junte-se a nós
O que podemos fazer?
Todos os que não se sentem representados por este governo e que não votaram ou se arrependeram de votar neste grupo político liderado por Carlos de Paula, devem:
  • Apoiar as manifestações públicas organizadas, pressionando a câmara de vereadores a investigarem o prefeito afastado.
  • Exigir sua condenação caso as denúncias se confirmem.
  • Expor publicamente suas indignações participando dos atos públicos, convocando outros e juntando-se ao movimento organizado.
  • Exigir novas eleições.

Central de Lutas de Sarandi


Abaixo link para a reportagem da RPC TV sobre a falta de estrutura da educação de Sarandi que foi ao ar hoje dia 18 de fevereiro:
http://g1.globo.com/videos/parana/paranatv-1edicao/t/edicoes/v/aulas-comecam-e-alunos-estao-sem-material-e-sem-uniforme-em-sarandi/2412673/

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Projeto de lei prevê a concessão de diárias aos Secretários Municipais de Sarandi.



Será posto em discussão um Projeto de Lei na Câmara de vereadores de Sarandi no dia 18 de fevereiro as 17:30 horas que dispõe sobre possíveis diárias aos secretários municipais, vice-prefeito, Procurador Jurídico e Chefe de Gabinete:

ITEM XIII – PROJETO DE LEI Nº 2211/2013, do PODER EXECUTIVO MUNICIPAL, o qual Dispõe sobre a concessão de diárias aos Secretários Municipais, Vice-Prefeito, Procurador Jurídico e Chefe de Gabinete, na forma que especifica.

Quem são os secretários municipais? Afinal de contas do que se tratam essas diárias?

Mais de 400 mil reais foram desviados da educação enquanto secretários terão direito a receberem diárias como justificativas para saque do dinheiro do contribuinte?

Comparereceremos na câmara municipal de Sarandi nesta segunda dia 18 as 17:30 horas para reclamar o dinheiro da eduação, além de um posicionamento dos vereadores quanto às denúncias contra o Carlos de Paula?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sarandi em tempos obscuros de ditadura, perseguição, coronéis, capangas e capatazes



Bianco e logo atrás alguns cargos comissionados atapalhando o ato público.


Adentramos uma nova era na cidade de Sarandi. Um era negra, revestida de intolerância, revestida de condutas nazistas e autoritárias. Uma espécie de idade média moderna e arrojada, repleta de neo inquisidores que tomam o poder ao mesmo tempo em que compartilham mensagens no twitter e no Facebook.

A você que se acomodou no sofá da tua casa, que não assume o erro de ter elegido como prefeito um grupo de ditadores, e de ter feito da câmara de vereadores um antro de capangas do executivo. A você que em silêncio torna-se cúmplice das brutalidades cometidas contra a população pelos capatazes cretinos contratados de forma “legal”, nomeados cargos comissionados, que não passam de cães de guarda raivosos, que impedem os moradores desta cidade de se manifestarem, de pedirem explicações e de exigirem os seus direitos.

A você morador de Sarandi que ouviu o carro de som convocando a população para um ato público em frente à prefeitura de Sarandi, ou que recebeu em mãos um panfleto informativo, com o mesmo intuito de convocação, e simplesmente ignorou, ou se sentiu no direito de justificar-se das mais diversas maneiras para não fazer parte da luta por dignidade, pela devolução do dinheiro público desviado da educação, aquele que sai do teu bolso, pela dignidade dos professores municipais que vivem com cerca de 700 reais de salário, enquanto são desviados 400 mil reais da própria educação, pela valorização dos servidores públicos, por condições dignas na saúde de Sarandi, na UPA, pela transparência da administração pública, pela investigação dos vários casos de corrupção que estão no Ministério Público envolvendo o Ditador Carlos de Paula, inclusive denuncias como usar carro e motorista da prefeitura para transporte de materiais para construção de mansões particulares em Maringá, ou o contrato de um hospital em santa fé para beneficiar supostamente um cargo comissionado. Pelo fim de políticas clientelistas, com obras de campanha eleitoral, como o rebaixamento da iluminação pública, ou o asfalto de péssima qualidade que já vem se desmanchando com as ultimas chuvas. É preciso que você morador de Sarandi saiba que honestamente eu já não sei o que esperar de vocês, que parecem ainda não ter a dimensão da catástrofe que paira sobre nossas cabeças, e me questiono em que mundo vocês estão, de que material vocês são feitos?

Quantas pessoas ficaram na tranquilidade do seu lar nesta quarta feira dia seis de fevereiro? Quantas pessoas atarefadas com suas atividades domésticas estavam alheias ao que estava acontecendo no município de Sarandi?

É devastador o sentimento de revolta que estou sentindo, mas infelizmente não posso compartilhar com toda a população sarandiense este sentimento inquietante, que me causa invariavelmente dores físicas. A população parece não compartilhar da mesma indignação que senti hoje, por que eles não viveram o que vivi hoje, junto de um grupo de pessoas que se reuniu em frente à prefeitura no intuito de cobrar explicações e posicionamentos diante de tudo que já supracitado anteriormente.

Pois ei de relatar o que vi e o que vivi hoje, ao levantar o traseiro da cadeira e fazer aquilo que por muito tempo fizeram por mim, lutar, exigir os nossos direitos comuns. Em frente à prefeitura o que presenciei foi um circo dos horrores, de abominações políticas, frutos de um caráter duvidoso de um ser humano moldado na covardia, seres cretinos, ordinários, traiçoeiros que constituem o atual panorama político de ditadura e de perseguições intimidadoras na cidade. Brutamontes mandados e ordenados pela administração pública para coagir a população, para aterrorizar o movimento social, acompanhados da policia e da guarda municipal, a fim de criminalizar o movimento social, a fim de impedir e tolher os direitos fundamentais a dignidade de qualquer cidadão de se manifestar, de reivindicar seus direitos, ou até mesmo de ter livre acesso ao espaço público. Fomos impedidos de entrar na prefeitura por brutamontes que fazem a segurança do ditador Carlos de Paula e se travestem com uniforme de guarda municipal, eles se posicionaram na porta da prefeitura e em horário de expediente fomos impedidos de protocolar a carta de repúdio que levamos como parte do manifesto. Entidades como a Comissão dos Direitos Humanos, Associações de moradores foram desprezadas e ignoradas em seus direitos, foram desrespeitadas, junto a toda a população que discorda das práticas de corrupção.

Fomos achocalhados por Cargos de Confiança do prefeito, que em horário de expediente saíram de suas funções e somaram-se a guarda municipal para destruir o ato, fizeram isso com gritos e discursos alterados pró de Paula, ameaçavam e intimidavam ferozmente a população que se aglomerava na manifestação. Interromperam diversas vezes os discursos do manifesto, as falas de esclarecimentos a população sobre os acontecimentos, na tentativa de desviar o foco do ato para discussões inúteis, irrelevantes, com provocações, na tentativa de tirar a população do sério e desqualificar o ato que foi organizado, ordeiro e legitimo.

Eles defendem este governo autoritário e ditador com mais raça e mais vontade do que a própria população defende sua dignidade. A população deve ter esquecido o que significa dignidade. Faz muito tempo que ela não tem contato com o que caracteriza a dignidade, perdeu a referência, perdeu a educação.

Eu jamais vi alguém defender os direitos da população com tanto afinco e veemência como os cargos de confiança defenderam o ditador Carlos de Paula.

Eles definitivamente são capazes de tudo, são verdadeiros capatazes, e transbordam em cretinice e covardia. O ato foi tão organizado, que deixamos um carro guardando uma vaga, para quando o carro de som que auxiliaria a manifestação chegasse, pudéssemos estaciona-lo em local correto, legal. Quando os cães de guarda do ditador de Paula perceberam a estratégia de organização resolveram tomar mais algumas atitudes grotescas e repulsivas, nocivas ao direito de qualquer cidadão que vive numa democracia. Um dos cargos de confiança entrou no carro da prefeitura que estava estacionado em local proibido, em frente o portão de uma casa, e logo à frente a vaga que iríamos ocupar com o carro de som, ele deu ré sem sequer preocupar-se com as pessoas que poderiam estar atrás do carro covardemente com um único intuito, o de impedir que o carro de som estacionasse, saiu do carro rindo estupidamente como uma hiena fiel que cumpre o seu papel de subordinada a corrupção. Isso causou um tumulto que propositalmente tiraria o foco do ato, a policia que estava presente só observou, e se omitiu das atitudes criminosas dos capangas do ditador de Paula. Muitas testemunhas podem relatar este fato e confirmar as atrocidades cometidas por estes indivíduos nojentos, nauseantes que sobrevivem de mal caratismo e de dinheiro fácil que vem dos impostos da população. A prefeitura estava tomada por eles, eles estavam nas janelas, nas portas, gritavam, riam da cara dos manifestantes, desqualificavam o movimento, ameaçavam de forma muitas vezes velada a população, intimidaram, fizeram pouco caso, defenderam a administração, e são cúmplices da ditadura, que caça todo e qualquer um que ouse se levantar contra este governo que se instalou desde a cassação do Milton Martini em que o ditador de Paula assumiu e usou a maquina pública em prol da sua permanência no poder.

Se houvesse por parte dos professores municipais este tipo de defesa em prol da educação, da saúde, da segurança e da dignidade do povo, ou pelo reajuste dos seus salários defasados de 700 reais, talvez tivesse mais gente no ato. No entanto talvez seja este o problema, se acaso os professores tivessem os mesmos benefícios financeiros que os cargos de confiança têm, talvez não fossem tão desmotivados e defendessem com unhas e dentes seus direitos, como os cargos de confiança do ditador de Paula o defendem.

A prefeitura esta tomada por uma infecção grave que mata paulatinamente a dignidade do povo de Sarandi. Eis que só o próprio povo tem o poder de mudar esta situação, e somente coletivamente, participando dos atos, das manifestações, ajudando a organizar o movimento, e cobrando explicações. Somente se mantendo informada, e informando num esquema continuo, para a construção da indignação e do senso de justiça da grande maioria, desvelando estes tempos obscuros em que estamos vivendo voltaremos a luz da verdadeira democracia e liberdade de expressão. Somente com a participação popular no movimento, cobrando a câmara de vereadores por investigação do executivo, e posicionamentos firmes diante de todo esse panorama caótico é que vamos mostrar que somos mais do que meia dúzia de cães raivosos. Os capangas e capatazes não podem andar livres por ai, comendo e bebendo, morando e comprando as suas custas. Eles são criminosos em potencial, são perigosos, e por isso precisamos de absolutamente todos que se indignem com a injustiça. Não basta se indignar em casa, mentalmente, dando apoio moral, precisamos de corpo presente em busca de novos tempos para esta cidade.




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