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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Primeiro ensaio sobre o fim

Eu queria ter claro pra mim, o que é a felicidade
ver o mundo, com essa mesma lucidez
Essa simplicidade, essa banalidade
Esse sonho fantasiado de burguês
Com 17  eu achava que sabia de tudo
Já preparava como dominar o mundo
Aos 30 virei poeira, perdi o rumo
E os comprimidos são meu endereço
Ansiolíticos e psiquiatras
São os novos companheiros
O desabafo já tá contido
Nas redes virtuais.
Amigas e amigos, não dá mais.

Eu que nunca disse o que era, mas quase esfreguei na tua cara
Eu que nunca falei a verdade, mas disse tudo o que precisava ouvir
Eu que nunca descobri quem sou, tive medo quando me vi
Eu queria poder tocar, a felicidade com as minhas mãos
Pra ter certeza, que ela não é coisa da sua cabeça
Como posso acreditar, nessa vã desilusão?



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