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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Por que Beto Richa e Eduardo Cunha cometem impropérios desenfreados sem preocupações?


Ambos fazem parte de um grupo político que representa a classe dominante, esta classe é composta por quem atende as demandas do capital, sejam os verdadeiros donos do capital, ou sejam seus intermediários. Esta classe engloba uma grande quantidade de interesses que se coadunam com o interesse principal de manutenção do poder. Para que a manutenção do poder seja garantida, os meios que empoderam e estimulam a participação social igualitária para as decisões políticas devem ser minadas e boicotadas. Os donos do capital estão há muito estão articulados e muito bem representados no meio político, para tanto existe uma bancada ruralista que cuida dos interesses dos grileiros, uma bancada da bala que cuida dos interesses de quem tem a violência e a insegurança como fonte de lucros, a bancada da bíblia que defende os interesses de um lobby fundamentalista religioso, livres de impostos e com capacidade invejável de manipulação de grandes massas, a bancada dos empreiteiros e empresários, que defendem os interesses e investimentos desses, com objetivo de aumentar ainda mais seus lucros e poder. Este grupo politico é antigo, e já domina o país desde o império, há uma espécie de revezamento entre eles no poder. O poder está regularmente passando de geração em geração, avôs, pais, filhos e netos governam sempre para os ricos, e com o poder financeiro compram os meios de comunicação, compram votos, compram articulações, criam uma rede de proteção, e continuam se mantendo.
Existe realmente algum político que represente verdadeiramente o trabalhador e seus interesses? É massiva a presença de empresários, patrões, fazendeiros na política, contudo, trabalhador sendo representado por trabalhador ainda é uma utopia.
O trabalhador já internalizou, que o que lhe cabe é ser governado pelo seu patrão, e pelos interesses de seus donos, no trabalho e também fora do trabalho. É comum o trabalhador aceitando todo tipo de ataque aos seus direitos, por que já se acostumou com a relação de poder estabelecida, ao trabalhador cabe trabalhar, aos patrões cabem usufruir dos lucros deste trabalho.
Há quem alerte invariavelmente a necessidade de se eleger quem represente verdadeiramente a classe trabalhadora. O partido que teve esse papel durante algum tempo, talvez o início de seu mandato foi o PT, mas este mesmo já se adequou as demandas do capital, e para se manter no poder, joga o jogo de quem sempre abominou. Ainda assim, ora joga de um lado, ora joga de outro, diferente dos que desde o império sempre jogaram num único time, os dos patrões.
A consciência de classe, a percepção de que classe média é uma ilusão, junto com a meritocracia e seus argumentos fajutos de que a culpa de não usufruirmos da riqueza de nosso trabalho, é por que não trabalhamos o suficiente se fazem necessárias para mudar este quadro. Basta o miserável ascender socialmente, para ele acreditar em todo esse teatro dos vampiros, e iniciar o processo de fragmentação social, daí surgem os pobres de direita, daí surge a classe dominada que se intitula, capitalista. São os coxinhas, os reacionários e os alienados que fazem campanha contra a igualdade de direitos, e a favor da ideologia dos patrões, pois vislumbram serem em breve, parte deste seleto grupo.
Vejam bem, onde estão as panelas quando estão votando e aprovando de modo completamente truculento e antidemocrático projetos de contrarreforma política que visam aumentar ainda mais a tão repudiada corrupção com a continuidade dos financiamentos de campanha por empresas privadas. Ora, a quem interessa os investimentos de empresas, senão a própria empresa? A quem interessa as grandes fortunas “doadas” as campanhas dos fantoches políticos, se não quem tem grandes fortunas para doar? O trabalhador não tem cacife para investir numa campanha que vá de encontro aos seus interesses. O político que defende os interesses dos trabalhadores normalmente são minorias no congresso, e são atacados diariamente, pois não é interessante sua presença, afinal de contas não está lá para fazer parte das negociatas empresariais.

No Paraná Richa tem quase todo um legislativo que legisla em sua função, devemos nos perguntar como eles chegaram lá. E diante de tudo o que a sociedade vem presenciando no estado, a lógica é que todos deveriam estar em greve, uma greve geral para derrubar este grupo que se instalou, e toma atitudes completamente arbitrárias, mas conscientes da impunidade e da falta de capacidade de unificação da sociedade.

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