Ambos
fazem parte de um grupo político que representa a classe dominante, esta classe
é composta por quem atende as demandas do capital, sejam os verdadeiros donos
do capital, ou sejam seus intermediários. Esta classe engloba uma grande
quantidade de interesses que se coadunam com o interesse principal de
manutenção do poder. Para que a manutenção do poder seja garantida, os meios
que empoderam e estimulam a participação social igualitária para as decisões políticas
devem ser minadas e boicotadas. Os donos do capital estão há muito estão articulados
e muito bem representados no meio político, para tanto existe uma bancada
ruralista que cuida dos interesses dos grileiros, uma bancada da bala que cuida
dos interesses de quem tem a violência e a insegurança como fonte de lucros, a
bancada da bíblia que defende os interesses de um lobby fundamentalista
religioso, livres de impostos e com capacidade invejável de manipulação de
grandes massas, a bancada dos empreiteiros e empresários, que defendem os
interesses e investimentos desses, com objetivo de aumentar ainda mais seus
lucros e poder. Este grupo politico é antigo, e já domina o país desde o
império, há uma espécie de revezamento entre eles no poder. O poder está
regularmente passando de geração em geração, avôs, pais, filhos e netos
governam sempre para os ricos, e com o poder financeiro compram os meios de
comunicação, compram votos, compram articulações, criam uma rede de proteção, e
continuam se mantendo.
Existe realmente algum político
que represente verdadeiramente o trabalhador e seus interesses? É massiva a presença
de empresários, patrões, fazendeiros na política, contudo, trabalhador sendo
representado por trabalhador ainda é uma utopia.
O trabalhador já internalizou,
que o que lhe cabe é ser governado pelo seu patrão, e pelos interesses de seus
donos, no trabalho e também fora do trabalho. É comum o trabalhador aceitando
todo tipo de ataque aos seus direitos, por que já se acostumou com a relação de
poder estabelecida, ao trabalhador cabe trabalhar, aos patrões cabem usufruir
dos lucros deste trabalho.
Há quem alerte invariavelmente
a necessidade de se eleger quem represente verdadeiramente a classe
trabalhadora. O partido que teve esse papel durante algum tempo, talvez o início
de seu mandato foi o PT, mas este mesmo já se adequou as demandas do capital, e
para se manter no poder, joga o jogo de quem sempre abominou. Ainda assim, ora
joga de um lado, ora joga de outro, diferente dos que desde o império sempre
jogaram num único time, os dos patrões.
A consciência de classe, a
percepção de que classe média é uma ilusão, junto com a meritocracia e seus
argumentos fajutos de que a culpa de não usufruirmos da riqueza de nosso
trabalho, é por que não trabalhamos o suficiente se fazem necessárias para
mudar este quadro. Basta o miserável ascender socialmente, para ele acreditar
em todo esse teatro dos vampiros, e iniciar o processo de fragmentação social, daí
surgem os pobres de direita, daí surge a classe dominada que se intitula,
capitalista. São os coxinhas, os reacionários e os alienados que fazem campanha
contra a igualdade de direitos, e a favor da ideologia dos patrões, pois
vislumbram serem em breve, parte deste seleto grupo.
Vejam bem, onde estão as
panelas quando estão votando e aprovando de modo completamente truculento e
antidemocrático projetos de contrarreforma política que visam aumentar ainda
mais a tão repudiada corrupção com a continuidade dos financiamentos de
campanha por empresas privadas. Ora, a quem interessa os investimentos de
empresas, senão a própria empresa? A quem interessa as grandes fortunas “doadas”
as campanhas dos fantoches políticos, se não quem tem grandes fortunas para
doar? O trabalhador não tem cacife para investir numa campanha que vá de encontro
aos seus interesses. O político que defende os interesses dos trabalhadores
normalmente são minorias no congresso, e são atacados diariamente, pois não é
interessante sua presença, afinal de contas não está lá para fazer parte das
negociatas empresariais.
No Paraná Richa tem quase todo
um legislativo que legisla em sua função, devemos nos perguntar como eles
chegaram lá. E diante de tudo o que a sociedade vem presenciando no estado, a
lógica é que todos deveriam estar em greve, uma greve geral para derrubar este
grupo que se instalou, e toma atitudes completamente arbitrárias, mas
conscientes da impunidade e da falta de capacidade de unificação da sociedade.
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Pedras na janela