Nós ainda estamos aqui, pode não parecer.
Parece um espectro, e pode ser que seja,
Há ainda uma especie de sombra que paira,
num caminhar avassalador e sistemático,
a enveredar pelo pântano das interpretações.
Desejo-me a tenra queda,
abrupta e silenciosa morte,
e o mais profundo dos sonos
sem que o amanhecer seja uma alternativa.
Mas ainda estamos aqui, mesmo que não fisicamente
transitamos pelo vazio astral, pelas janelas ocultas,
por mundos paralelos, sonhando acordar.
Desejo-me ressuscitar em plena consciência,
e desfalecer infinitas vezes,
mas o sonho foi o mais perto,
que cheguei de morrer.
Talvez não possa nos ver,
talvez, nunca tenha visto,
suspeita-se nunca ter existido,
mas há uma pele, que cobre o meu ser
e se encosta em chamas
que é pra doer.
Isso pouco importa, mas por isso te peço,
não meu ouça, não me ouça.
Estamos aqui, mas queremos partir,
não importe-se com os gritos,
nem com os socos na porta do caixão,
no fundo foi sempre assim.
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