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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Big Brother Brasil: A era das modinhas fora de moda

Reality show que dispensa definições, ou qualquer tipo de explicação, até mesmo por que depois de conviver arduamente com dez edições do programa, assistindo ou não, não fica difícil saber do que se trata, e até fazer nosso próprio julgamento critico, e na maioria dos casos, pseudo- critico. Em meio a atribulada edição numero onze, e a euforia duradoura dos telespectadores de um programa que já deveria ter morrido a muito tempo, como grande parte dos programas da TV aberta brasileira, ao deparar-se com uma série de criticas aos fiéis e assíduos telespectadores deste audacioso programa do qual merece minhas sinceras condolências, fiquei incomodado com algumas questões em relação ao senso critico, e a definição de cultura por pseudo intelectuais ou pseudo cultos que brotam feito capim pelo meio virtual. Ano após ano, o reality não perde seus fiéis seguidores e matem sua audiência, seus patrocinadores, e muita gente contribuindo com ligações que enchem os bolsos dos nossos queridos empresários da comunicação, mas quem trabalha para isso merece claro. O programa que conta com a falsa sensação de espontaneidade, expõe claramente a manipulação do andamento, ou enredo como queiram, não a toa conta com uma direção que deixa claro os passos dos participantes, estimula divergências, produz em meio a pessoas aparentemente comuns um esboço fictício e insosso de teledramaturgia. Muito provavelmente os pseudo críticos ao lerem o titulo da postagem nem se darão o trabalho de ler o texto todo, por que para eles basta criticar o que já foi criticado por muita gente, usando das justificativas alheias, não precisando então construir seus próprios conceitos. Deve estar na moda fazer criticas aos padrões culturais, as preferências alheias. É modinha? Quem me conhece saberá que meu ponto de vista com relação ao programa é incisivo e consistente no que tange um formato totalmente voltado para a manutenção das condições classistas, reforçando o consumismo, a valorização de sub super heróis, a sexualização banalizada, a divisão de classes, a competição, a corpolatria, dentre vários fatores que são mais que descrédito a qualquer tipo de programa de televisão. Neste sentido, fazer critica ao programa em si me parece justo e direito de quem sabe de sua existência, porém tecer critica a respeito de quem o assiste me parece agressivo, intolerante, soberbo, torpe, e não faz jus a um verdadeiro ponto de vista critico. É justo criticar aquilo que se conhece, aquilo que se conhece muito bem, criticar sem conhecer ao que me consta não passa de puro preconceito, ou seria mero equivoco meu? Eu tenho assistido alguns trechos da edição onze do reality show, e não haveria por que me justificar, porém considero os motivos justos, ou pelo menos plausíveis, ao saber da existência de um transexual como participante, me instigou analisar como a sociedade e a micro sociedade dentro da casa lhe dariam com tal situação. E por mais que eu ache que o programa já deveria estar morto, sempre vejo a possibilidade de aprender um pouco mais com esse tipo de miséria televisiva que expõe o que há de pior na sociedade, o que de certa forma não me parece tão mal assim, expor a sociedade pode ser uma ótima forma de tirar esse véu de fumaça que cobre os nossos olhos. Assim que conseguimos enxergar os pseudo intelectuais, e os pseudo mente aberta, aqueles que acreditam estarem livres de seus preconceitos, e por mais que sofram miseravelmente com o preconceito enquanto vitimas, tornam-se algozes de outras minorias e atacam implacavelmente. Vale lembrar que numa era repleta de novidades excêntricas, onde as preferências variam de Restart a Justin Bieber, de Ursupadora a novela das oito, de cantoras drogadas a ícones teens, de coldplay a calcinha preta, de Fiuk a roupas coloridas, de heterossexuais a transexuais, gostar ou não gostar de alguma coisa dever ser no mínimo respeitado, por mais que seja difícil para você imaginar que as pessoas sejam diferentes e prefiram outras coisas. O que tem que entrar em voga é a alteridade que anda perdida pelo mundo a fora, ninguém consegue se por no lugar de ninguém. Para quem não anda assistindo o reality e finge que anda fazendo algo bem mais útil como ler um livro, e para os que acompanham, encontrei um vídeo sobre transexualidade na infância, só que o vídeo não é para pseudo intelectuais, muito menos para pseudo mente aberta, é para quem tem humildade e generosidade ao tratar do sofrimento do outro, se pondo no lugar do mesmo. 











2 comentários:

  1. Ro,
    eu conheço um filme ótimo,
    minha vida em cor de rosa.
    Acho que vai contribuir ainda mais para as suas ideias.
    Um abraço!

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  2. Thii
    Eu já vi este filme, realmente é muito bom!

    Brigadão!

    Abraço!

    =D

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