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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Reluzir de felicidades

De verdade, eu não quero saber da tua nova vida, eu quero saber de mim e do meu egoísmo senil. Sim, eu já estou velho demais para viver do seu lado. É como se fosse um sapato com a sola gasta, que não te traz o mesmo conforto. Eu sei bem como é cansar de coisas velhas, e sei melhor ainda com é o reluzir de algo tão inovador em nossas vidas. Sei por que já senti isso ao teu lado. Mas tudo bem, eu acho que já fui feliz o bastante, quanta gente há de ser feliz por aí, acho que é vez de outros sentirem o que eu tive o prazer de sentir um dia. E fique tranqüilo, se é que em algum momento preocupou - se, pois enfim, eu estou muito bem. É a serenidade de quem sempre soube que toda felicidade um dia acaba, eu sei, por que felicidades vêm e vão, não dá pra segurá-la como tua posse por toda a vida, mesmo que pareça a principio difícil deixá-la ir assim, sem lutar. Mas não há de se lutar contra a felicidade dos outros, nem contra a sua própria, é preciso deixar que as coisas caminhem com naturalidade. Não adianta pedir às pessoas que não mudem, pois até você vai mudar um dia. E se a felicidade parece estar tendo um fim para mim hoje, muito provável este fim vai fazer parte da tua vida um dia, ou você ainda acredita que a felicidade é infinita? Se nem o tempo que desperdiças esquecendo-se da felicidade passada é infinito. Sim, eu não fui somente, também soube fazer feliz, contudo o fim é o melhor começo, muita gente por aí precisa da nossa felicidade, e por quais caminhos tu vais, que estes não serão os mesmos que os meus, pois restringiria a harmonia a um único ciclo. E é desta harmonia fatigante que estamos cansados não é? Não, eu jamais me cansaria da felicidade, não é isso, eu quero dizer que eu entendi o que tem realmente que ser feito. É como amar alguém que não te ama, e saber que ser feliz é vê-la sendo feliz mesmo que longe, mesmo amando outro alguém. Não, eu não quero saber do teu agora, por que o teu agora é reluzente demais, e ofusca o meu brilho, e duas estrelas não podem competir o mesmo céu, por mais que o céu pareça infinito, não, a felicidade não é. No entanto, há sempre felicidade em algum lugar, como sempre se encontrou, elas simplesmente nunca serão as mesmas. Nem eu, nem você podemos voltar ao ponto inicial. A felicidade não esta mais lá, e hoje me sinto melhor sabendo que ela não terminou em ti, que saberás desfrutar dela em outros caminhos, só não a desperdice pensando ser infinita, ela acaba assim que outras felicidades reluzirem e te ofuscarem. 

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