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sábado, 21 de agosto de 2010

Potpourri


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A história vai ganhando uma cor meio cinzenta, um rumo meio torto, um desfecho de puro dissabor. “Eu sei que tanta afinidade assim, só pode ser bom”. Esta mesma afinidade é o nó desatado, que se amarra a destinos opostos “me despeço dessa história e concluo a gente segue a direção que o nosso próprio coração mandar, e foi pra lá, e foi pra lá, e foi pra lá...”. Daí que vislumbro que toda história começa pelo fim, e que todo fim aponta um recomeço, sem os mesmos sorrisos, sem a mesma cumplicidade. É quando no infortúnio ouve-se um expressivo “Era o que eu imaginava!”, “Mas em toda história é nossa obrigação saber seguir em frente seja lá qual direção, eu sei...”. Não adianta cavar o precipício com os próprios pés, o chão vai se abrir antes mesmo que se deseje cair na imensidão, só não se esqueça de deixar a bagagem para trás, pode ser que o peso seja insuportável, e se não puder carregar, meus braços talvez não tenham mais força, meus olhos não tenham mais lágrimas, meus sonhos não sejam mais belos. “A sós ninguém esta sozinho”, é a companhia da reorganização, da reflexão, da reconstrução de tudo. É caminhar junto com uma nova velha inquietação onde “eu não enxergo mais o inferno que me atraiu”, insulto a mim mesmo. Regrido. Deste vaso podre, muita vida brotou, muitos caminhos se abriram, mas é de uma planta insípida que estamos falando, nem o pólen, nem as pétalas. Quiçá fosse uma bela tulipa, mas “chorei por ter despedaçado as flores que estão no canteiro”, sem saber, que “as flores de plástico não morrem”, mas de que me servem se não posso senti-las de verdade? Seria tolice manter regando dia após dia uma flor de plástico, seria triste, tão triste quanto pensar que aquela flor de plástico, nunca seria uma flor de verdade. “Cause I'm leaving on a Jet Plane  Don't know when I'll be back agaín”, por que voltar, pode não trazer a mesma história, pode não fazer mais sentido algum para nós, que sempre tivemos tanto em comum. Por isso faça assim como eu que “ só apareço por assim dizer, quando convém aparecer”

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