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sábado, 21 de março de 2009

Ócios do oficío.


Quando foi que eu deixei de ter boas idéias? Eu ainda lembro de que pintava meu All star "mulambento" de mil cores só pelo prazer de pintar e sair na rua com algo exclusivamente criado por mim. Quem teria um all star cor de cobre pelo amor de Deus?!Omnilateralidade é privilégio de poucos. Mas o duro é ser omnilateral e não ter foco algum. Eu por exemplo já pensei ter talento pra compor músicas. Criar modelos de roupas "supermegapowerfashions". Eu que pensei que pudesse ser um pintor de quadros de artes abstratas (diga-se de passagem isso me parecia o mais simples). Eu que pensei que no auge da minha criatividade seria o inventor de algo mirabolantemente útil. Pensei até que ficaria rico e famoso um dia só por ficar ali, criando, compondo. Por isso o ócio de hoje é bem melhor que o ócio da grécia antiga, afinal com a minha corzinha de pele, eu no máximo roeria o "ócio" que sobrasse na senzala. Hoje por mais mal visto que seja, o óçio não influência e não determina mais quem vai criar, ou quem tem tempo para isso, de quem vai produzir "capialmente" o que todos, escute bem, TODOS, necessitam para sobreviver. Eu poderia dizer que este momento de criação de um texto é um momento de ócio? Sinceramente? Isso as vezes se confunde na minha pequena cabeçinha acéfala. Quando eu penso que isso não vai ser comercializado eu defino de ócio, contúdo, eu adoraria ganhar dinheiro fazendo isso. Esta ai! a coisificação das coisas. A coisificação das pessoas. A inversão de valores. Quando quem determina a relação não sou nem eu nem mesmo o leitor, mas sim a vontade de obter-se algo em troca. Voltando aos meus momenots ócios, que hoje em dia estão bem atrelados aos meus momentos de DES-ócio, ou seja, quem determina mais uma vez, o significado e a prática independente do mesmo não sou eu. As vezes eu penso que eu queria ser trilhardário, outras vezes eu queria que ninguém fosse. Ou melhor que o dinheiro não existisse. Ele ou a busca por ele me deixa intensamente irritado. Eu seria capaz de criar qualquer bobagem só pelo prazer de se inovar. Porém eu tenho que usar meu "tempo livre" procurando uma forma de como ganhar o "papelzinho que tudo compra", e como compra! Em um mundo onde ou se é rico, ou se é uma mulher altamente gostosa e bem dotada de bunda e peitos, eu deliberadamente estou na área de risco. Eu até tenho peitos ( e eles balançam tio), mas eu tenho algo a mais, e entre outrs diferenças, o mercado ainda não acomodou certas disfunções hormonais, sexuais, ou burrosexuais. Aí eles olham pra você e dizem: mas qual a graça no que tu faz? Eu respondo. Nenhuma, só estava no meu, escute bem. no MEU momento ócio. É somente a mim que eu devo agradar. Mas isso são ócios do oficío, por que ócio mesmo só os greco romanos de muito tempo atrás.

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