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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Reflexo




Ao passo que sou eu Disfarço-me de mim mesmo, Às vezes sendo eu, Nem eu me reconheço. Me parto em dois Um só não é o suficiente, É preciso um para cada um, Um bonito, um simpático, um sorridente Um atrevido, um sarcástico e inconsequente Ainda sim, sou eu E o reflexo é meu. Para que ninguém conheça bem Faço-me uma imagem difusa Que crie confusão Com uma conversão De pensamentos absurdos Em pensamentos bons Sobre o meu ser, o que eu tenho E o que eu posso ter. Não adiantaria, pensar que um dia Eu seria eu mesmo Escondo-me atrás de mim De repente alguém parece ver-me Dá-me medo. Se vou estar como deveria estar Como querem que eu esteja Posso até me contradizer Eu sou eu mesmo. O que estou dizendo? Às vezes me sinto um estranho Perdido entre a perfeição Daqueles que são perfeitos, Pois são eles mesmos E não cometem erros. Eu sou assim do jeito que você vê Assim do jeito que você quer Mas não me conhece além Do que quer conhecer Eu sou assim, desse jeito assim Triste, alegre, enfim Quem não é?

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