Aos machistas homofóbicos teocráticos
imbecis paternalistas nojentos que vociferam feito porcos, suas opiniões
sanguinárias e truculentas, justificando suas convulsões diarreicas cerebrais
como liberdade de expressão, igualdade e democracia, e aos dementes formadores
de opinião, que cerceiam a cabeça vazia da massa idiotizada, criada por pais
conservadores, com uma vida baseada em concepções reverberadas na ignorância
impetuosa, que insiste em se manifestar em todos os cantos, fazendo meu
estômago embrulhar, minhas tripas girarem dentro de mim, com essa capacidade
desumana de tratar assuntos de extrema importância como meros assuntos de mesa
de bar, como se tudo fosse piada, e como cinismo dos falsos moralistas, que
vivem em cima do muro com sua neutralidade cristão, bondosa carismática,
evangélica de saia, que reafirma todos os preconceitos e todos os ódios mais
obscuros que podem partir de um individuo de polegar opositor que se diz
evoluído o bastante, para disseminar todas essas desgraças verbais que se
reverberam em ações violentas que pipocam por todos os cantos do mundo. Esse
bando de merda, depositada na organização social, que bebericam volta e meia do
próprio vomito, como se fossem verdadeiros vermes almejando o súbito poder do
macho pai de família, que concebe um mundo de mulheres passivas, ordeiras,
coisificadas, prontas a serem servidas ao bel prazer dos poderosos homens
dinossauros, dos quais sinto vergonha, repudio desespero, inquietação, a cada
palavra vazia, a cada ato impensado, a cada defesa demente e inconsciente das
barbaridades oficializadas pela maioria padronizada, encaixotada, descontextualizada, que seguem bovinamente a
ideia de serem livres, livres para cravar no peito dos que lutam pela
igualdade, uma espada, e essa espada, não se enganem, quem faz questão de
segurar, são esses cínicos miseráveis, que na égide de sua neutralidade, se
escondem por baixo desses discursos neoliberais de conformação,
assistencialistas e voluntários, essa espécie de gente que não gosta de opinar,
mas que opina a cada estrofe de bíblia, a cada frase nojenta penalizada com a
pobreza, a cada foto chocante de animal mal tratado compartilhada publicamente
para esconder o tamanho da pilantragem, da covardia. São traiçoeiros, e adoram
chamar as feministas de radicais, os esquerdistas de radicais, e tudo o que se
opõe a essa lógica desumanizadora. Entendam seus vermes, ser radical para mim é
um elogio, é característica de quem busca a raiz, a origem, a história, é característica
de quem se posiciona, toma partido, e não fica igual barata tonta, levando
ponta pé de todos os lados, e ao mesmo tempo querendo se padronizar enquanto
porco, enquanto boi. Chega de aceitar diplomaticamente toda e qualquer opinião
ignorante, descabida, idiota, podre, nauseante, seja lá de quem for, seja do
imbecil mais próximo, seja de um escritor de merda, de um jornal de merda como
a Gazeta do Povo, e seja dos imbecis que compartilham dessas mesmas opiniões,
ou seja só dos que preferem se manter silenciados, abrindo a boca só pra não
dizer nada que possa gerar discussão.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Ela correu atrás
Ela passou a vida toda trabalhando e não viu o sol
Ela passou a vida toda reclamando e não se excedeu
Ela passou a vida toda batalhando por um sonho, que nunca
foi seu.
Agora ela esta com sono, e não sabe como proceder.
Ela dorme o dia inteiro no trabalho que não é mais seu.
E não esquece o marido arrependido que nunca aprendeu.
E têm dois filhos tão distintos, quantos filhos que não são tão
seus.
Ela merece mais, mas sempre foi demais.
Ela correu atrás, mas nunca teve paz.
Ela nunca sambou na esquina com as amigas
Ela passou a vida toda nesse vai e vem
Ela lavava passava roupa muito bem
Mas de domingo feriado ela não ia além
Não sabia se divertir, para fugir.
Não fazer nada era transgredir
A sua rotina que não era boa pra ninguém.
Tava cansada, desanimada, com essa vida dissimulada.
Ela marcava na sua agenda aquele tempo de solidão
Tava sentada lá na calçada
Observando a lentidão.
Ela passou a vida inteira construindo um castelo de areia
Ela passou a vida inteira, de costas para o mar.
Ignorava a grande onda, disposta a arriscar.
Bastou um sopro no seu rosto, Ela não soube chorar.
Ela criou seus filhos, todos de costas para o mar.
Ignoravam a certeza e a beleza no olhar
Só aprenderam na frieza, não sabem como confortar.
Ela chegou mais cedo do trabalho e foi procurar
Fazer o seu trabalho, de esposa do lar.
Ela esqueceu de viver a própria vida.
E agora vive uma vida desmedida
Sem rumo sem hora pra acabar.
Não desliga nem muda sua rotina
Ela chora por dentro sem parar.
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Carlos de Paula, o reacionário revolucionário.
O
astuto reacionário, historicamente vem absorvendo os significados de
terminologias que em sua essência transbordam o sentido revolucionário. Com a
democratização e pseudoigualdade de direitos, essa faceta estratégica teve que
ser aprimorada, no sentido de endossar os discursos neoliberais de igualdade,
liberdade e fraternidade, como se tivessem um significado unilateral e
intransferível. A internalização dos valores burgueses ao longo da historia nos
incorporou ideias imbecilizadas a respeito das relações políticas e econômicas que
tem intima relação com todas as outras relações que estabelecemos dentro da
organização social vigente, o capitalismo. Estas ideias imbecilizadas são as
mesmas que nos fazem entender política enquanto algo alheio ao nosso cotidiano,
e consequentemente, entendê-la como de fato ela se constitui nos discursos
neoliberais, enquanto clientelismo, assistencialismo, disseminando a cultura do
estado mínimo para os pobres, que devem se manter atados, a ideia estapafúrdia de
estarem sendo atendidos da melhor maneira pelas políticas públicas, e a
manutenção do poder econômico nas mãos das grandes indústrias, os donos do
capital. Faz parte ainda desse discurso neoliberal a privatização do espaço
público e a precarização do mesmo, construindo a ideia de que os cidadãos tem
que se responsabilizar pelo seu bem estar social. Esta cada vez mais enraizada no
imaginário social que se você quer um serviço de qualidade há de se pagar muito
caro por isso, não espere isso da coisa pública. Faz parte ainda desse discurso
à necessidade de higienização das periferias, o estado mínimo consiste em
propiciar as famílias que vivem em condição de miséria, e esteticamente
comprometem a aparência da cidade, a possibilidade de viver feliz em um
conjunto habitacional, com casas padronizadas, minúsculas, enquanto isso
corrobora com os loteamentos infinitos gerando renda na verdade para os grandes
proprietários de terras. Faz parte desse imaginário, a doce ilusão de fazer
parte das transformações, e eu me pergunto transformações para quem? Um exemplo
claro é a construção de um condomínio de luxo em terras sarandienses, o
ECOGARDEN SARANDI que tem seus portões principais voltados para o limite da
cidade com Maringá, o que é muito conveniente, e no fim das contas as polêmicas
que emergiram se atentam somente a questão superficial que estava sendo
disseminada pela mídia, de que o condomínio se chamava ECOGARDEN MARINGÁ, como
se isso realmente fizesse a diferença. A diferença real que existe, tem
relação, com a disparidade de se ter um condomínio de luxo numa cidade que
transfere os habitantes de um conjunto miserável, para casas populares como se
estivesse fazendo a benfeitoria secular e legitimadora da própria campanha política.
Carlos de Paula é realmente revolucionador no quesito reacionário, nunca se viu
alguém conseguir transcender a ideia de conservar o sistema de modo tão
embelezador, usando a máquina pública para sua autopromoção, tendo sua campanha
financiada pelas grandes loteadoras que visionárias compreendem nos projetos de
Carlos de Paula para a cidade, um ótimo negócio para a lógica capitalista de
exploração desmedida das riquezas e da força de trabalho alheia. Existe um
projeto que deve ser de conhecimento de poucos, com o objetivo de transferir o
centro da cidade para a área que hoje se encontra o cemitério da cidade, o
quinze. Muitos empresários já iniciaram a compra de terras por lá, enquanto
isso felicitamos a burguesia pelo conjunto habitacional Mauá, e pelas reformas estéticas
da cidade, que em comparação com prefeitos anteriores, não há o que se
discutir. A coligação a transformação continua, é do DEM partido que endossa
discursos discriminatórios contra minorias como o caso dos homossexuais, é do
PMDB do Kassab que higieniza as favelas queimando-as no fogo do seu inferno
particular, tem o apoio do Beto Richa que fez escola tratando os professores como tratou Lerner e Alvaro Dias no passado, é do PP de Roberto Pupin e Silvio Barros que visavam construir um
sistema de incineração do lixo na cidade, indiferentes aos aspectos ambientais
e aos trabalhadores da reciclagem de Maringá, e por fim, é do PP que tem o
candidato a prefeito Roberto Pupin impugnado, assim como o próprio Carlos de
Paula, que também corre o risco de ter sua candidatura impugnada por beneficiar
por meio da criação de leis os interesses da propriedade privada.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Carlos de Paula e o processo de "idiotização" sarandiense.
Os maus dizeres da prole desinformada, entorpecida
pelo assistencialismo torpe do coronelismo tupiniquim sarandiense, massificada
pela ideologia elitista com prerrogativas da superficialidade de uma comunidade
que anseia seu desenvolvimento baseada no desenvolvimento de uma ideia de
imagem, de estética, produzida e reproduzida para criar a sensação de status
quo que a miséria criada à base de paradigmas implora, se enveredam por Blogs e
ruas, nas praças e na rede, contribuindo para a nauseante sensação de entender
a maioria, mais uma vez, como o cume dos equívocos, dos engodos, e da
reprodução da ignorância.
É indiscutível que o histórico político de Sarandi
tem como bases fundamentais, aquelas que sustentam tal qual o histórico político
da sociedade como um todo. Assola a mente de qualquer indivíduo que se dê o trabalho
de analisar os pontos divergentes dessas questões, compreender as ações de
cidadania cumprindo com seu papel hegemônico de conservação e manutenção de um
Estado burguês, que cria leis burguesas, cultura burguesa, e consequente disso
surge este conceito raso sobre as qualidades de que um político deve debelar para
administrar um município.
A democratização dos direitos nos revela uma surpreendente
cota de dissabores, das quais estamos sujeitos intencionalmente. Este tiro pela
culatra vem de uma relação vertical com o Estado, e com a propriedade privada,
estes são os que apertam o gatilho. A democratização da escola, por exemplo,
criou uma escola utilitarista, instrumento do estado na produção de uma
sociedade docilmente trabalhadora, com uma educação incontestavelmente distinta
daquela ofertada as elites em outro momento. Junto à democratização dos
direitos emergem indeléveis, a construção da ignorância, e a distorção dos
conhecimentos, promovendo a conformação da massa, que amortecidas pela sensação
da garantia dos direitos pelo estado, estagnam-se diante das mazelas políticas.
A popularização da comunicação e do conhecimento, o
tornou menor do que ele deveria realmente ser. Informações reduzidas,
imediatistas e desconexas é que chegam à população, se disseminando conceitos
falsos sem historicidade. E neste momento que antecede as eleições municipais,
há de se considerar a relevância da contextualização dos fatos que envolvem a
mídia desnorteada, tendenciosa, que de tão livre permite posicionamentos
antiéticos frente à dignidade humana, o mandato inusitado e a candidatura
obscura do Carlos Alberto de Paula, seus feitos e desfeitos, e o processo histórico
de desenvolvimento da cidade de Sarandi.
A expansão do município se deu, ao contrário do
que ocorreu em Maringá, de forma completamente desordenada, sem nenhum
planejamento urbanístico ou conjunto de legislação que pudesse definir um plano
para a ampliação e o parcelamento da cidade. Em consequência deste descontrole,
há grandes vazios urbanos que separam áreas mais próximas ao centro de outras
zonas ocupadas, que estão ilhadas em plena zona agrícola. Vale registrar que,
historicamente, o município foi vítima da ação de despejo adotada pelo prefeito
de Maringá, no período entre l.961 a 1.964, onde as pessoas eram conduzidas
para fora dos limites da cidade. Segundo Caniatto (1995), em sua pesquisa
realizada através de um projeto de extensão da Universidade Estadual de
Maringá, nos anos de 1982 a 1987, a Prefeitura Municipal de Maringá entrou com
a polícia e tratores na Favela do Cemitério, derrubando os barracos onde
moravam várias famílias oferecendo-lhes uma indenização espúria para deixarem a
área. Assim, seus pertences eram colocados em caminhões e deixados na beira da
estrada em municípios vizinhos.
Desta
forma não fica difícil entender a configuração do município atual, e sua sede
de vingança, de tornar-se tão desumana e elitizada quanto seu algoz histórico,
Maringá. Criou-se no imaginário popular a concepção de que Sarandi só será
legitimada quando seguir os passos da metrópole vizinha, até bosque esta sendo
criado, o nome talvez seja Parque do Andi, referindo-se ao Parque do Ingá.
Ironias a parte é desse imaginário que começamos a entender as obrigações
inerentes a função de um gestor político enquanto pontos que devam ser levados
em consideração em sua candidatura, quando essas obrigações devem ser
entendidas apenas como cumprimento efetivo de um papel atribuído a determinado
político, ou seja, o conceito popular que vem se construindo se fundamenta no
que eles nomeiam de benfeitorias. E isso é o que se pode esperar de uma
população assistencialista, que acredita que fazer o bem, tem a ver com doação,
com voluntarismo e moralismo. Li em algum Blog o enaltecimento dessas
benfeitorias: “A criação da
Guarda Municipal, a construção da UPA e do Hospital Municipal, a derrubada
do Mutirão e a criação do Residencial Mauá e outros
empreendimentos populares, a ampliação do sistema de esgoto que foi e vem sendo feita, os asfaltamentos dos bairros,
organização do transito e construção das creches”, que, primeiro devem ser
analisadas e discutidas individualmente, no entanto, partem da compreensão
supracitada, de que as obrigações inerentes, seriam motivos suficientes para
que alguém pudesse de reeleger automaticamente. Ora, e onde fica o ativismo político?
A compreensão das desigualdades sociais, o histórico de lutas e a identidade
com a classe oprimida? Elegemos os burgueses por que nos consideramos incapazes
de gerir a sociedade? Inculcamos a noção de que o poder deve permanecer nas
mãos dos ricos, pois tomamos como natural essa designação, e essa superioridade
de classes. As benfeitorias pseudo realizadas pelo atual gestor político Carlos
Alberto de Paula, não o garantem exímio. Por tanto, há de se considerar que seu
condenável envolvimento com o favorecimento de uma instituição privada em
detrimento da comunidade, é ponto significativo para sua desqualificação
enquanto candidato a prefeito. O simples fato de existir a possibilidade de sua
impugnação, deveria ser motivo suficiente para o desqualificarmos, até por que
parte de um fato concreto, comprovado que trata da criação de leis em favor de
interesses individuais e privados, que ferem na constituição, a garantia da
impessoalidade, da honestidade e da moralidade da coisa pública, e por si só
deveria torná-lo inelegível independente da corrida eleitoral e da comparação
entre candidatos. O processo é bem claro ao descrever as atitudes do Carlos
Alberto de Paula, como inconstitucionais:
"(...) denota-se claramente que a Lei nº 1231/205 e a Lei
Complementar nº 131/2006, ambas de Sarandi, foram editadas com claro escopo de
favorecer a instalação de um posto de gasolina por pessoa jurídica previamente
identificada e determinada - L. Menegatti & Cia Ltda excepcionando, somente
para ela, a aplicação da Lei Complementar Municipal nº 71/2001, que fixa, de
forma genérica, a proibição da instalação de postos de gasolina num raio mínimo
de 500 metros de um estabelecimento para outro (cf. fl. 06 dos autos em
apenso).
Aliás, a falta de generalidade, abstração e impessoalidade dos atos normativos questionados, justamente por favorecerem pessoa jurídica determinada, impede até mesmo o controle concentrado de constitucionalidade.
(...) Nesse contexto resta evidenciado que a Lei nº 1231/2005 e a Lei Complementar nº 131/2006, ambas de Sarandi, investem contra os princípios constantes dos artigos 5, caput, e 37, caput, da Constituição Federal."
Aliás, a falta de generalidade, abstração e impessoalidade dos atos normativos questionados, justamente por favorecerem pessoa jurídica determinada, impede até mesmo o controle concentrado de constitucionalidade.
(...) Nesse contexto resta evidenciado que a Lei nº 1231/2005 e a Lei Complementar nº 131/2006, ambas de Sarandi, investem contra os princípios constantes dos artigos 5, caput, e 37, caput, da Constituição Federal."
Por
tanto não se trata de uma jogada política da oposição como vem sendo
disseminado em Blogs tendenciosos e imaturos, ou até mesmo nas emissoras
compradas para veicular a favor do interesse burguês. Trata-se, de um processo jurídico
real, que envolve inconstitucionalidade e descaso com a coisa pública, e que
transcende o recapeamento de ruas principais desprezando a existência de tantos
outros bairros muito mais necessitados do asfaltamento, ou a UPA que é um
investimento do Governo Federal, e não tem absolutamente nada a ver com a boa
vontade do Carlos de Paula, ou ainda qualquer movimento a favor da higienização
social como o fim do mutirão, e o remanejamento das famílias, ou ainda
quaisquer outras “benfeitorias” realizadas no arcabouço de suas atribuições
obrigatórias.
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