Nem pobre, nem rico, nem feio, nem bonito, nem visto, nem omisso.
Mais fácil ser nada, se fosse parte do que existe, e se composse algo
Mais fácil ser nada, se fosse parte do que existe, e se composse algo
Mais fácil ser nada, se tivesse as cores arrojadas e o cabelo alternativo
Mais fácil ser nada, e se não fosse tão comum, quem sabe seria assim como todos os outros.
Mais fácil ser nada, que simpático o tempo todo, que amigo modelo de todos
Mais fácil ser nada, já que tem o papo tão banal, tão inútil
Mais fácil ser nada, já que a pele não condiz, nem a altura, nem o peso, nem a face.
Mais fácil ser nada, que o mendigo, pedinte, ateu, ou eu.
Mais fácil ser nada, sem discutir ideais, que ser volume, que preencher lacunas
Mais fácil ser nada, dentre tudo o que existe, entre as tribos
Mais fácil ser nada, que precisar de psicólogo, remédios e dinheiro
Mais fácil ser nada, do que fútil.
Mais fácil ser nada, que não ser visto, lido, entendido.
Mais fácil ser nada, que trágico sofrido.
Mais fácil ser só, que não ter ninguém.
Mais fácil o silêncio, que dizer bobagem.
Mais fácil coragem, que vossa verdade.
Mais fácil ser essa porra, mais fácil era não ser nada
Mais fácil não desejar, que o insucesso
Mais fácil a inércia, e ainda não entendo por que continuo.
Mais fácil gemer, grunhir, espernear, chorar.
Mais fácil gemer, grunhir, espernear, chorar.
Mais fácil esquecer, que lembrar todos os dias quem eu sou.
O binário consome, controla e cria a vida humana, bem como sua extensão: as relações humanas.
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