visualizações de página

domingo, 5 de julho de 2009

Todos choram, quem mata, e quem morre.


"Quem não tem nada a perder não sabe quando parar"




Que tipo de história real é essa que faz tanto sucesso quanto a ficção? Quem são as verdadeiras vitímas? E quem são os verdadeiros culpados? Acho que a teoria do caos nunca fez tanto sentido ao que diz respeito as consequências do ato de hoje em detrimento do amanhã. Se não se tem uma casa pra voltar, uma familía a quem se ama, cama, amigos, escola, conforto, direitos, e se o pouco que se tem é tirado abruptamente, se vê-se sem nada a perder, qual o sentido de zelar pelas leis que não te trazem nenhum beneficío? Qual o sentido em ser "cidadão"? Qual sentido em manter as molas propulsoras deste sistema vil? As vezes a morte brutal nos telejornais são tão banalizadas, e as vezes são tão destacadas, comentadas, especuladas, e nós como bons "cidadãos" que somos não conseguimos nunca questionar além daquilo que nos é noticíado. As vezes eu me pergunto se quem matou é realmente o criminoso. É dificíl explicar esta situação que se inverte mentalmente dentro de mim. É como se eu quisesse inocentar os culpados do ato em si, em sua prática mais concreta, porém não se pode esqueçer que o ato em si foi preconizado por uma história que pode explicá-lo e talvez não justifique. O fato é que existe uma sinergia as avessas, que de certa forma confluem para o progresso positivista de uma sociedade mercadológica, miserável, desigual em um sentido único, a manutenção e a continuidade destes versos catastróficos permeados pela violência de jornal de horário nobre. Eu me pergunto insistentemente quem realmente são as vitímas, por que quem não tem nada a perder realmente não sabe quando parar. Apesar de tudo grande parte acha ter algo a perder, são as molas que sustentam o consenso. Entretanto o conflito que assusta vem mostrando suas garras afiadas dia após dia, e se só por ele e nele é que se pode fazer transformação, que assim seja. Eu sei muito bem onde eu estou pisando, mas isso não impede que eu tropeçe.

4 comentários:

  1. Sabe, eu acho que tudo o que você está vivendo tem te ensinado bastante. E eu fico feliz com isso e por você. Você me entende.
    Abraços =)

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Seu conhecimento não se faz estagnado...
    Poderia eu, ficar feliz pelo que você tem escrito, mas os fatos relatados por você, não me deixa ter essa sensação, ou esse sentimento.
    Ainda, me sinto satisfeita, quando leio e noto suas articulações textuais e pensantes no corpo do texto. Não é pra qualquer miserável ortográfico. Não é.
    Vamos fazer jornalismo?
    Até pensei nisso várias vezes, meramente pelo gosto de sentar com você e ler. E como libido escrever.
    Mas não teríamos espaço talvez, e nem seria espaço de espaço, seria não espaço de repressão. Pelas denúncias já denunciadas. Ou pela verdade não absoluta exteriorizada por meio de nossos grifos.
    Seriam só palavras?
    Provavelmente. Mesmo porque "há liberdade de expressão", e há "leitores ávidos por verdades" (tudo mentira).
    Seguimos então?
    Sim, porque ainda não paramos de respirar.
    Um beijo...

    ResponderExcluir
  4. De fato, meu maior interesse é a líbido em escrever. Sinto que tudo que me apurrinha as idéias esta relacionado com o não poder exteriorizar sem medo.

    Thiago e Ju, realmente tudo que eu tenho experiênciado nos últimos tempos, os amigos, os ideais, concerteza estão me modificando para melhor. Sem vocês definitivamente eu não sou nada.

    Obrigado por fazerem parte de tudo o que me faz ser.

    ResponderExcluir

Pedras na janela


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...