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sexta-feira, 30 de julho de 2010

De Homorkutes a HomoTwitters


Paradigmas! Nem eu sei quando foi que o Orkut e o Twitter se tornaram tão necessários na minha vida, e eu poderia dizer que isso não tem importância, visto que na dinâmica capitalista pouco importa o ontem, pouco importa a história que pressupõe a realidade concreta, porém, me auto analisei concebendo o quão a origem dessa dependência em mim, reflete uma verdadeira evolução pra lugar algum. Sim é definitivamente visível a velocidade com que as noticias se propagam, e como isso pode beneficiar ou prejudicar alguém. Mas e quem já nasce em meio a tudo isso? Será possível que um dia eles vão entender que tudo isso nem sempre existiu? É da história e de seu resgate que eu estou falando. Eu já vejo as pessoas usando estes meios sem ao menos saber o por que de estarem os usando. Paradigmas? É tudo muito novo, é muita diversidade, muita modinha, muitos pseudo famosos. Gente que eu nem conhecia, mas que todo mundo conhece. Coisas cotidianas se transformando em grandes espetáculos no universo da Twittcam, e eu, bom, e eu no meio dessa correria infame, as vezes me perco, tentando ser alguém evoluindo pra lugar nenhum. Nunca fiz pontos de resistência a todos esses novos aparatos de comunicação, pelo contrário, os vejo como uma grande mudança, só não sei quais ainda, porém elas se fazem importantes, a medida que as consideramos importantes. Confuso? Não sei. O que sei, é que tudo isso vem acontecendo rápido demais, e a cada dia uma mudança nos torna incrívelmente dependentes, nos torna burros todos os dias, trazendo a sensação de que por mais que esteja por dentro das novidades, elas não param de chegar, e sempre estão a nossa frente. E nessa evolução humana o que se percebe é a regressão das relações inter pessoais, que se tornam limitadas a estes meios. Quantas vezes você lembrou do aniversário de alguém por que estava lá mostrando no Orkut? Quantas vezes parabenizou, conheceu, amou, alguém por meio desse meio virtual? Há quanto tempo não diz bom dia pro seu vizinho, mas quando on line no msn, ou no orkut manda um "recadinho" sem graça para ele? Sim, as portas da vida real estão sendo fechadas. Eu que faço parte dessa evolução tento me policiar, não me deixando engolir por inteiro pela rede e suas relações superficiais. Manter os amigos reais, com poucas fugas da realidade podem ajudar.

sábado, 24 de julho de 2010

A velha goiabeira

Toda tarde de domingo lembrava dos planos, poucos planos, simples planos que nunca imaginaria desfazer. Eram planos de garoto bobo, menino criado na rua, que já brincou de pique esconde e subiu na goiabeira. Não eram planos audaciosos, eram humildes planos. E no domingo a tarde, lembrava de como seria, se estivessem juntos, os frutos dos planos, e seus planejantes sonhadores. Eles se conheciam desde criança, mal se notava distinções, até que os planos de um, mudaram os planos do outro. Ele queria fazer cinema, ganhar o mundo e ser feliz. Do outro, o plano era ficar ali, sentado debaixo da velha goiabeira, e no balanço suave das folhas deixar o tempo passar. Mas desde sempre foram um só, como seria seguir sem rumo, sem uma parte de si? E no domingo de tarde a memória sem escrúpulos revivia a velha goiabeira que nos aproximou, me vinha o colo seguro, a cabeça no ombro e o sorriso mais lindo, que sempre fizeram parte dos planos. Foi da nossa pureza da infância que brotou toda essa independência, e esse jeito teimoso da vida, de nos dar outros rumos. Tinha o boné para trás, a bermuda vermelha largada e a camisa não combinava, só quando o sol brilhava, e a brincadeira tornava, o laço mais forte entre os dois. O plano desfeito no vento, fincado no pé de goiaba, da morte uma velha facada. Se hoje houvessem remédios, que curassem destinos contrários e juntassem os velhos sentidos, eu tomaria o passado, e de quebra o teu comprimido. Hoje o menino é grande, tem traços e barba na cara e chora sobre as raízes da goiabeira, donde o amor enterrado, sem flores, nem beijo de despedida, se faz na unica presença dos planos que nunca seguiram juntos. Ecoá aos ouvidos timidamente, após o sorriso sem graça, na memória somente, o "Eu te amo". 

sábado, 10 de julho de 2010

Vou xingar muito no twitter

Cara, eu to cansado de gente idiota, sim, eu odeio todo mundo, todas essas pessoas imbecis que se acham tão inteligentes, tão antenadas, tão espertas. Eu to possesso com esses infelizes feitos de modinhas, eu to cansado dessa enchente de novidades inúteis, que impressionam os débeis incoerentes, que facilmente são manipulados. Eu to cansado dos escrupulosos estúpidos que adoram assistir o filme da moda, filmes que não dizem nada, que apelam para as fraquezas mais miseráveis dos miseráveis dementes que adoram se fazer de vitimas.  Eu estou “puto” com estes filhos de excrementos que acreditam ter o melhor gosto musical, e vem me dizer que Justin Bieber é bom, e tem a falta de educação, por que só pode ser mal caratismo não gostar de Cazuza ou legião urbana. Eu fico doente com tanta superficialidade, eu fico impaciente com a insuportável mania de seguir as piores coisas pelo simples fato de estar na moda. Me torra o saco alguém que deseja arduamente comer no McDonald, como me deixa surtado alguém que não compreende a situação em que se encontra a “porra” de humanidade. É “emputecedor” chegar à conclusão de que pessoas boas, que valem à pena estão morrendo, e os miseráveis estão ai, livres, leves e soltos. Como eu odeio essa mania de fazer à social, de escolher os amigos, de querer fazer parte do grupo top. Como eu odeio esse jogo de interesses, essa gente lerda, grossa, sem amor. Como eu odeio essa gente que ama da noite para o dia. Como eu odeio essa gente que adora ler um livro de auto-ajuda pra tentar ser feliz. Como eu odeio essa gente ingrata. Como eu odeio essa gente desinteressado pelo que realmente faz sentido. Como eu odeio essa gente que não leva nada a sério. Cara, como eu odeio vocês.

Alimento

Saber que para Deus, nada é impossível
Viver, sem saber que o amor me consagrou
Que nada pode destruir o nosso coração em ti
E crer, que tu é mais que nós senhor
Nos faz imaginar, um dia estar contigo
Ser filho do teu filho
E não temer a dor
Não temer o amor
Sem ti, eu nada seria
Eu preciso de ti no meu peito
Abraçando o meu coração
Me tornando uma bela canção
Pra fazer chorar e sorrir
Pra fazer amar e sentir
Eu preciso de ti Senhor, aqui dentro de mim
Me transformando em oração
Para que eu possa acreditar, mesmo sem te ver
Só mesmo ao te sentir
Aqui dentro de mim
Eu preciso de ti
Do teu manto a me aquecer
Dos teus olhos a me ver
Do teu amor
Eu preciso de ti senhor
Como um filho preciso do pai
Como um filho não vive sem mãe
Eu quero estar contigo em todo lugar
Levar-te em meu sonho para concretizar
Me faça mudar
Me faça amar
Me faça merecer senhor, o teu amor, por mim
Eu preciso de ti, aqui
Me mostrando o caminho, pra eu não me perder jamais
Entra em mim senhor
Preencha meu coração
Que sente falta
E que te quer.

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