Estava por aqui, imaginado como seria se o medo que eu sinto de viver, não interrompesse todos os meus caminhos. Acostumei-me a viver a vida dos personagens, e o máximo do meu desafio, é o desafio que o mocinho da novela das oito vive. Não aprendi a superar os meus desafios, não aprendi a viver a minha vida, a realidade imita a arte, mas minha capacidade tem como limite viver somente a parte do final feliz. Toda vez que o clímax da minha vida entra tempestivamente em ação, a sensação de viver me corrói o estômago, uma dor de barriga interminável, um frio constante, uma irritação nos lábios inferiores, um surto depressivo suicida, uma vontade de não existir, uma crise de identidade me abate, como um animal pronto pra ser consumido. É uma síndrome? Covardia? Medo? Não sei. O que sei, é que as dores são físicas, é real, tomaram a minha vida, saíram da ficção, e tomaram meu corpo. Eu não posso ser o protagonista da minha vida, eu não sei como lidar com a fama de ser quem eu sou. Eu não estou preparado para viver esse personagem, eu. Posso ser quem eu quiser no submundo das idéias, por que viver a realidade? Eu tenho consciência do perigo que corro, ando sobre a linha estreita, da insanidade. Não sei ao certo o quão diagnosticável pode ser, nem ao menos se é uma doença, contudo dói, paralisa, deixa tremulo, impaciente, ansioso.
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