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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

COMUNIDADE ESCOLAR DE MARINGÁ: O CURRAL ELEITORAL DOS BARROS

Os professores, pedagogos, supervisores e diretoras da rede municipal, em sua grande maioria vem reproduzindo um discurso que vem da esfera federal, mais especificamente no congresso nacional. É o discurso que assume um conceito vazio de democracia. Não sabemos por parte dos servidores se é má-fé, ou se a reprodução do discurso parte da total alienação no que diz respeito ao entendimento sobre os conceitos reais de democracia. Esse discurso tem como base de sustentação a democracia representativa, como única via da democracia. O discurso reproduzido na esfera municipal sobre democracia, no caso da reivindicação da volta das eleição de diretores para as escolas tem se pautado na democracia enquanto mera procuração cedida aos vereadores e prefeito na tomada de decisões políticas. No entanto esse conceito de democracia é tudo aquilo que abominamos diariamente, quando pedimos para ter voz, quando pedimos para sermos ouvidos, quando reiteramos que temos direitos de decidir e de participar das escolhas que nos cabem, quando achamos que as politicas publicas não estão sendo concretizadas, então, ainda no que tange a democracia representativa, essa representação não pode ser uma procuração em branco avalisando quaisquer decisões que sejam tomadas pelo prefeito ou pelos vereadores, e no ambito federal pelos deputados e senadores.
No próximo dia 18 de novembro os servidores municipais de Maringá farão uma paralisação decidida em assembléia. Não meus caros, a paralisação não caiu do céu, não brotou do chão, como muitos desavisados acham, ela foi decidida por um grupo de servidores que resoveu tirar a bunda do sofá de casa e se encaminhar até a camara de vereadores para se enpoderar dos seus direitos. Foram poucos, mas o suficiente para decidir. Com a decisão da paralisação o que tem se visto no cotidiano escolar é o terrorismo barato tipico da família Barros e tipico deste modelo nauseante de manutenção do poder do qual se utilizam os piores politicos. Sim, é da Família Barros que estamos tratando, o Pupin, e a grande massa volumosa de vereadores deste municipio rezam a cartilha barrosa. Essa cartilha faz parte justamente de um conjunto de ações que certificam a manutenção do poder nas mãos da família Barros, seja por eles diretamente ou por laranjas, como o Pupin, e não obstante, outros que vem com uma tentativa sórdida de se desenhar no cenario enquanto oposição a tudo isso, como vem fazendo convenientemente o presidente da camara de vereadores de Maringá, Ulisses Maia. E nessa linha como fazem estratégicamente outros vereadores que ora se dizem estar com o povo, ora votam contra o povo. Contradições, muito hegemonicas eu diria.
Esse terrorismo, ou perseguição no ambito escolar, do qual eu faço parte, mas que pode ser relatado por outros servidores em outros ambitos de diferentes maneiras sobre a decisão de paralisar na próxima terça só é possível por que a administração fez muito bem o dever de casa, com o cerceamento da participação democratica nas decisões politicas, cada vez mais estamos sujeitos e submetidos aqueles que indicados pela admistração seguem como capatazes aterrorizando em nome de uma falsa democracia o direito dos trabalhadores de se mobilizar e de reivindicar melhores condições de trabalho. Por isso, a campanha e a paralisação pode ser pelo vale alimentação, mas que fique claro, essa paralisação deve fazer parte de algo muito maior, que é a retomada da participação popular nas decisões politicas da nossa sociedade. Se tivessemos o direito de eleger a direção das escolas garantidos, hoje não precisariamos estar submetidos ao envenenamento terrorista plantado contra os servidores, a fim de intimidá-los, de coagí-los, caso paralisem.

O que temos hoje nas escolas municipais de Maringá, são professores em sua maioria cada dia mais emburrecidos, alienados, conformados, que se justificam de todas as maneiras possíveis para desviar-se do dever de lutar pela redemocratização das escolas, e por melhores condições de trabalho, inclusive na questão salarial. Professores que alegam que já lutaram demais, e que nuca obtiveram sucesso; outros amedrontados com a coação da administração, outros dizem ter outras coisas para fazer, como se todas as outras coisas tivessem mais importância que a participação popular na construção de uma real democracia, isso por que resolvi nem mencionar que existe uma outra via democratica além da representativa, que é a democracia participativa, que exigiria muito mais dispendio de energia do povo. Mas o povo tá tão cansado não é mesmo, que dar procuração em branco anda parecendo uma boa opção. Professores e comunidade, preciso alertá-los, os sorrisos matinais e vespertinos das diretoras nas escolas na hora da entrada, são milimetricamente calculados e decididos politicamente por quem quer manter a educação enquanto grande curral eleitoral, é estratégico, não deixem se enganar por esse entendimento abominável de democracia que tentam efiar goela abaixo.

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