As eleições se findaram, contudo os
ataques aos direitos civis vem se intensificando dentro do congresso
nacional com o aval dos separatistas e antipetistas que se alastram
com um ódio rançoso em terra brasilis, como quem acaba de chegar da
monarquia portuguesa no ano de 1500. Posso sentir o cheiro fétido,
dos cavalos e carruagens, trazendo todo o colonialismo mais vil.
Estamos lhe dando com um congresso
vingativo, conservador, aristocrático, truculento, cínico, escravocrata, que se empoderou ainda mais de suas bandeiras
fascistas, autoritárias, antidemocráticas e raivosas depois das
eleições de 2014. Esse empoderamento se deu pela oxigenação do
ódio irracional a candidata Dilma e ao partido dos trabalhadores.
Esse ódio foi inflado de todas as maneiras possíveis, como vem
sendo desde sempre, e com o governo do PT se mantendo no poder, a
irracionalidade, a brutalidade deve ser avalizada pelo povo que
preencheu seus próprios esvaziamentos de um ódio, muito fortemente
ligado aquilo que podemos chamar de ideologia da classe dominante.
Assim, como primeira ação do
congresso nacional, tivemos o veto ao decreto 8243 que
institucionaliza uma política que já existe e aprofunda a
democracia na medida em que aproxima a sociedade civil e o Estado. A
presidente Dilma Rousseff assinou, no último dia 21, um decreto que
institui a Política Nacional de Participação Social. De acordo com
o decreto “fica instituída” a política, “com o objetivo de
fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas
de diálogo e a atuação conjunta entre a administração pública
federal e a sociedade civil”.
A priori, estamos falando de modo
resumido da transição da democracia representativa que reproduz
propositalmente e muito convenientemente uma comodidade na sociedade
civil, que ao se ver representada por meia duzia de parlamentares, e
ignorante ao tema política se abstêm completamente do seu poder de
decisões dentro daquilo que é mais importante na organização
social e politica, para uma tentativa embrionária da democracia
participativa, que possibilitaria um maior poder de decisão ao povo,
ou seja, uma mudança significativa na forma de fazer política,
mesmo que ainda mantendo as relações e condições dadas da
realidade concreta, de uma sociedade capitalista.
Nas redes sociais se referindo ao veto
no congresso nacional, Antonio Imbassahy disse:
“Vitória
da democracia!
Acabamos
de derrotar na Câmara dos Deputados, o decreto bolivariano da
presidente Dilma, que retira do Congresso Nacional atribuições
constitucionais transferindo-as para 'conselhos populares'. Ao
impedirmos que o voto de cada eleitor brasileiro valha menos que uma
cantada da presidente, demos um claro sinal para Dilma e o PT: o
Brasil não aceita o chavismo da Venezuela e não vai se submeter ao
autoritarismo repudiado por mais de 50 milhões de brasileiros que
nas urnas do ultimo domingo fizeram sim as mudanças.”
É preciso se atentar para as
estratégias sórdidas de ganhar o aval da população até mesmo
quando se trata de uma ação que significa um claro ataque aos
direitos civis e a participação popular nas decisões politicas do
país. Os jargões mais utilizados na atualidade pela classe
burguesa, são “bolivariano” e “chavismo”, e em conjunto com
toda a estrutura organizacional da classe burguesa, dentre elas o
monopólio da comunicação, nos vemos a mercê da reprodução de
idéias idiotizadas e descoladas da realidade na tentativa de
explicar o que é uma clara tentativa de pulverizar o partido dos
trabalhadores do cenário politico. Dá-se todo dia essa tentativa
com capas da Veja, da Isto É, da Época, do Jornal Nacional, da rede
Globo e suas filiadas como um todo.
Justifica-se o veto ao decreto, com
uma possível ditadura petista, onde movimentos sociais
institucionalizados teriam mais poder que o próprio congresso, como
o MST, a UNE, e outros movimentos sociais que seriam encabeçados por
militantes do PT, o que é tão pernicioso quanto a disseminação
indiscriminada e esvaziada dos termos “chavismo” e
“bolivarianismo”, numa clara tentativa de justificar o
injustificável. Numa falta abissal de compreensão de que os
movimentos sociais, somos nós, são aqueles “partidinhos” de
esquerda que vocês odeiam, aqueles que vivem batendo panelas e
brigando por direitos, que vivem diariamente nas ruas, infernizando a
vida dos políticos, justamente com a intenção de participar da vida
politica do país. Agora se você acha que eles são encabeçados por
militantes do PT, tire essa bunda gorda do sofá e vá militar nos
movimentos sociais, quero ver quantos dias você aguenta.
Me permito, repetir, vocês são com
toda certeza uma porção de ABERRAÇÕES COGNITIVAS, reproduzindo
feito papagaios coisas das quais não tem o menor conhecimento, falam
de inflação, de dólar, de recessão, de economia, como se fossem
peritos, mas não fazem mais nada do que repetir aquilo que os donos
das mídias transmitem incessantemente como alimento do ódio e do
rancor ao partido dos trabalhadores, que sim faz todo tipo de
concessão para se manter no poder, mas faz concessões que fique
claro, a justamente aqueles que estão no poder, aqueles que são a
própria concessão.
O partido dos trabalhadores carrega
consigo o ranço do socialismo, o ranço do golpe comunista, e apesar
de não ser absolutamente nada disso, deve servir como exemplo para
nós que lutamos pelo socialismo. Esse ódio produzido e enlatado
pela burguesia contra o partido dos trabalhadores, é um ódio a toda
ideia socialista, é um ódio a toda ideia de revolução e de
inversão da piramide social. Hoje é um ódio dessa pseudo e
enfadonha esquerda, o PT, mas só por que ela se tornou visível e
importante no cenário politico, no entanto, qualquer que seja a
esquerda que sair do submundo, da invisibilidade, dos guetos, dos movimentos sociais, será criminalizada, será vitima brutal desse
ódio irracional inflado e oxigenado cotidianamente no imaginário
social.